A Mpox ou "varíola dos macacos" como é popularmente conhecida, é uma doença viral, e a transmissão entre humanos ocorre principalmente por meio de contato com lesões de pele de pessoas infectadas.
Número supera total notificado ao longo de todo o ano passado.
Infecção causa erupções que geralmente se desenvolvem pelo rosto e depois se espalham para outras partes do corpo. | Agência Brasil |
A infecção causa erupções que
geralmente se desenvolvem pelo rosto e depois se espalham para outras partes do
corpo. Os principais sintomas envolvem febre, dor de cabeça, dores musculares,
dores nas costas, linfadenopatia, calafrios e fadiga.
De janeiro até a primeira
semana de setembro deste ano, o Brasil registrou 1.015 casos confirmados ou
prováveis de mpox. O número supera o total de casos notificados ao longo de
todo o ano passado, quando foram contabilizados 853. Há ainda 426 casos
suspeitos da doença. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde em
informe semanal.
De acordo com o boletim, o
Sudeste concentra a maior parte dos casos de mpox no país, 80,9% ou 821 do
total. Os estados com maiores quantitativos de casos são São Paulo (533 ou
52,5%), Rio de Janeiro (224 ou 22,1%), Minas Gerais (56 ou 5,5%) e Bahia (40 ou
3,9%). Apenas duas unidades federativas seguem sem registro de casos
confirmados ou prováveis: Amapá e Piauí.
São Paulo lidera a lista de
municípios com maior número de casos confirmados e prováveis da doença (370 ou
36,5%), seguido pelo Rio de Janeiro (167 ou 16,5%), Belo Horizonte (43 ou
4,2%), Salvador (28 ou 2,8%) e Brasília (23 ou 2,3%). Entre os atuais 426 casos
suspeitos no Brasil, o estado de São Paulo responde por 39,7%, com 169 casos.
Perfil
O perfil de casos confirmados e
prováveis de mpox no país, segundo o informe, continua sendo majoritariamente
composto por pessoas do sexo masculino (956 ou 94,2%) na faixa etária de 18 a
39 anos (718 ou 70,7%). Apenas um caso foi registrado na faixa etária até 4
anos. Até o momento, não foram registrados casos confirmados e prováveis em
gestantes.
O ministério contabiliza ainda
71 hospitalizações por mpox (7% do total de casos), sendo 36 (3,9%) para manejo
clínico e oito (0,8%) para isolamento, enquanto em 27 casos (2,7%) não foi
descrito o motivo para a hospitalização. Além disso, cinco casos (0,5%)
precisaram de internação em unidade de terapia intensiva (UTI).
De acordo com a pasta, não
foram registrados óbitos por mpox no Brasil ao longo deste ano. Também não
foram notificados casos da nova variante 1b. A cepa foi identificada pela
primeira vez em setembro do ano passado na República Democrática do Congo, que
enfrenta surtos da doença desde 2022.
Fonte:Agência Brasil
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