Em 2023, a Polícia Federal (PF) iniciou uma investigação sobre joias que teriam sido desviadas durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Uma nova peça das joias ofertadas ao Brasil pelo governo saudita foi identificada pela Polícia Federal e pelo FBI.
Até julho, outras 3 investigações que envolvem Bolsonaro devem ser concluídas. | (Marcelo Camargo/Agência Brasil).
Desta vez, a PF identificou outra tentativa
irregular da venda de mais uma joia ofertada pelo governo saudita como presente
ao Brasil.
A nova peça foi identificada em diligências
feitas em parceria entre a PF e o departamento de investigação dos Estados
Unidos, o FBI. A joia estaria na mesma loja que foram registradas vendas de
outros presentes à União, mas não se sabe se chegou a ser vendida.
O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, disse
nesta terça-feira (11), em entrevista à imprensa, que o fato pode agravar a
situação dos investigados, entre eles, o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Presentes
Bolsonaro é investigado por suposto uso da
estrutura do Estado para o desvio de joias ofertadas como presentes oficiais
pelo governo saudita e posterior venda e ocultação de valores com o objetivo de
enriquecimento ilícito.
Andrei Rodrigues reforçou que, até o próximo
mês, três investigações que envolvem Bolsonaro devem ser concluídas pela PF.
"A nossa expectativa é que no mês de junho
a gente finalize as duas investigações, sobre joias e [cartões] vacinas
[falsos], e no mês de julho, a gente finalize a investigação sobre o golpe [8
de janeiro]", afirmou.
Bolsonaro, que sempre negou envolvimento nos
crimes, está inelegível até 2030 após ter sido condenado pelo Tribunal Superior
Eleitoral por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação
na campanha presidencial de 2022.
Golpe
O diretor-geral da PF também informou que cerca
de 180 pessoas que participaram dos ataques de 8 de janeiro de 2023 aos prédios
dos Três Poderes, em Brasília, estão foragidos e que entre 50 e 100 devem estar
na Argentina. Segundo Rodrigues, a cooperação com a polícia argentina é
positiva, mas as prisões vão depender de conversas entre as justiças dos dois
países.
Autor:Laura Vasconcelos com informações de
Agência Brasil
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