O Senado rejeitou por 33 votos a 27, uma tentativa de alterar o texto do projeto de lei complementar que recria o DPVAT e muda o arcabouço fiscal para restringir as pessoas que seriam obrigadas a pagar o seguro. A medida agora segue para sanção presidencial. O valor do seguro ficará em torno de R$ 50, conforme informou o líder do governo na Casa, Jaques Wagner (PT-BA), o qual é o relator do texto.
O seguro será chamado Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito (SPVAT).
A medida foi extinta em 2020,
durante o governo Bolsonaro. Pelo texto aprovado, o DPVAT passará a se chamar
SPVAT (Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito).
“O SPVAT é de contratação
obrigatória a todos os proprietários de veículos automotores de vias terrestres
que não tenham cobertura de outros seguros e planos privados de assistência à
saúde, e é comprovado com o pagamento do prêmio, sem a necessidade de emissão de
bilhete ou apólice de seguro”, dizia a emenda destacada pelo senador Carlos
Viana (Podemos-MG). O destaque rejeitado buscava estabelecer que os donos de
veículos com seguro privado estariam livres de pagar o SPVAT (novo nome do
DPVAT).
Com a rejeição desse trecho, o
Senado encerrou a análise dos destaques e aprovou a redação final do texto. O
projeto de lei complementar agora vai à sanção presidencial.
O texto-base do PLP foi
aprovado por 41 votos a 28. Além de recriar o seguro, o projeto também possibilita
a antecipação de um crédito de cerca de R$ 15 bilhões por causa do aumento da
arrecadação no primeiro bimestre deste ano.
O relatório do senador Jaques
Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado e principal articulador político do
governo no Congresso, não contou com nenhuma alteração substancial em relação
ao que foi aprovado na Câmara dos Deputados.
APROVAÇÃO NA CCJ
A proposta foi aprovada na
terça-feira (7) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) por 15 votos a 11.
Durante a sessão no colegiado, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner, se
comprometeu que o presidente Lula vetará um dispositivo do texto que envolve a
penalização para quem estiver atrasado com o SPVAT.
O presidente aceitaria vetar o
dispositivo, incluído na Câmara dos Deputados e entendido como uma “penalização
excessiva”. O compromisso seria uma forma de evitar que o texto seja alterado
no Senado e enviado novamente à Câmara dos Deputados.
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