Melquisedeque Marins Marques, mais conhecido como Quinho do Salgueiro, morreu aos 66 anos, nesta quarta-feira (03), quando deu entrada no Hospital Municipal Evandro Freire, na Ilha do Governador. “A direção do Hospital Municipal Evandro Freire informa que o paciente deu entrada na unidade, na noite de ontem (3), já em óbito”, disse apenas a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) do Rio.
Uma das
maiores vozes do Carnaval carioca, Quinho lutava contra um câncer de próstata
desde 2022.
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O intérprete era conhecido por
sustentar vários gritos de guerra carnavalescos, que se tornaram sua marca
registada, como “Arrepia, Salgueiro!”, “Ai, que lindo”, “Pimba, pimba” e
“Vai pegar fogo no gongá”. A morte de Quinho foi confirmada pelo perfil oficial
do Salgueiro no Instagram.
“Hoje o
Salgueiro Chora! Com profunda emoção e um nó na garganta, comunicamos o
doloroso adeus a Melquisedeque Marins Marques, nosso Quinho do Salgueiro, um
gigante cuja ligação com o G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro transcendeu os
limites da música e do carnaval. Quinho não foi apenas um intérprete talentoso;
ele foi a voz que ecoou em cada conquista, em cada desfile, e que se entrelaçou
intimamente com a alma do Salgueiro”, iniciou a postagem.
“Desde o
início, nos anos 90, quando liderou o samba ‘Peguei um Ita no Norte’, até seu
retorno triunfante em 2003 e a gloriosa vitória em 2009 com o enredo ‘Tambor’,
Quinho não era apenas um cantor, mas um poeta que traduzia em notas a essência
da nossa escola. Seu retorno em 2018, compartilhando o microfone com Emerson
Dias, foi mais do que uma volta; foi o reencontro emocionante de um filho
pródigo com a casa que sempre foi sua”, continuou.
“Quinho não
apenas cantou para o Salgueiro; ele viveu e respirou cada nota, cada batida do
coração acelerado da bateria. Ele personificou o espírito salgueirense, e sua
ausência deixa um vazio indescritível. Hoje, não choramos apenas a perda de um
grande artista; choramos a partida de um membro querido da nossa
família. Nossos sentimentos se estendem à família do Quinho e a todos que,
como nós, compartilham uma conexão profunda com o seu legado. Que sua voz
ressoe eternamente nas avenidas, nos corações dos sambistas e em cada canto do
Salgueiro. Descanse em paz, Quinho, pois sua música continuará a embalar nossas
almas”, finalizou.
Trajetória
Quinho começou no Carnaval no Bloco Boi da Freguesia e, em
1988, foi chamado para participar do carro de som de Aroldo Melodia, na União
da Ilha do Governador, onde ficou até 1990. Em 1991, Quinho foi para o
Salgueiro e começou a se destacar em 1993, com o samba “Peguei um ita no
Norte”. Em 1994, ele voltou para a União da Ilha.
Em sua carreira, o intérprete passou por agremiações como São
Clemente, Acadêmicos do Grande Rio, Império da Tijuca e Acadêmicos de Santa
Cruz. Em São Paulo, esteve na Rosas de Ouro, e em Porto Alegre, na Vila do
IAPI. No entanto, sua maior conexão sempre foi com o Salgueiro.
Em 2009, Quinho levou a vermelho e branco da Tijuca à vitória com
“Tambor”, seu nono e último título. Ele passou mais um tempo afastado da escola
e retornou ao Salgueiro em 2019, passando a dividir o carro de som com Emerson
Dias.
(*)com informação do Jornal O Dia
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