O ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) teceu críticas ao governo de seu sucessor, o atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Em uma conversa neste domingo, 14, com apoiadores na Vila Histórica de Mambucaba, em Angra dos Reis (RJ), Bolsonaro citou a previsão de déficit primário e a revogação da política implantada por ele que facilitou o acesso da população à armas de fogo.
"Um rombo de quase R$ 200 bilhões. Essa conta quem vai pagar são
vocês", disse Bolsonaro em conversa com apoiadores.
Ele publicou
o vídeo do encontro em suas redes sociais. "Nós estamos no mesmo barco
pessoal. Se alguém porventura aqui votou no PT, pode ser que exista: não dá
para comparar, eu posso ser um cara horrível, mas o outro cara é péssimo",
acrescentou o ex-presidente.
Segundo
estimativa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o déficit
primário do ano passado foi de R$ 234,3 bilhões. O governo ainda não informou o
dado oficial.
A meta do
governo, defendida pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), para 2024 é
de déficit zero. O Orçamento já foi aprovado pelo Congresso Nacional, mas ainda
precisa ser sancionado por Lula.
Ainda
segundo Bolsonaro, o Brasil passará por um problema de quebra de safra na
agricultura neste ano. Para o ex-presidente, embora isso seja causado por
diversos fatores, ele destacou o que avalia como falta de segurança no campo.
"A violência diminui no meu governo pela política de armas para o pessoal
de bem. Ele acabou com isso", declarou.
Bolsonaro
está inelegível até 2030. Ele foi condenado duas vezes pelo Tribunal Superior
Eleitoral (TSE). A primeira, em junho, por uso indevido dos meios de comunicação
durante reunião com embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada em 2022 na
qual ele atacou as urnas eletrônicas. A segunda condenação ocorreu em outubro,
devido a abuso de poder político e econômico nas comemorações do bicentenário
da Independência.
Com
informações portal Correio Braziliense
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