Faz quase dois meses, o governo lançou um programa para reduzir a fila de cidadãos à espera de benefícios da Previdência, mas a lentidão na análise dos pedidos continua. As filas não são visíveis nas agências do INSS. O sistema está automatizado. Mas é muita gente. Antes do programa ser lançado, em julho, quase 1,8 milhão de pessoas aguardavam atendimento. A maioria à espera de benefício assistencial ou previdenciário, como aposentadoria. E quase 600 mil dependendo da perícia médica.
O governo pretende reduzir o tempo de espera para 45 dias. Para isso, passou a pagar um bônus aos servidores que analisarem processos, além do horário de trabalho. No Portal da Transparência, o dado mais recente é de 28 de agosto. O número de pedidos parados estava em 1, 691 milhão – queda de 5,7%, em relação a junho.
Quando o governo promete reduzir fila está se referindo apenas aos requerimentos iniciais, a primeira etapa dos processos. Não entram nessa conta, por exemplo, recursos, pedidos de revisão de benefício, recontagem de tempo, que elevariam o tamanho da fila para mais de 7 milhões processos, segundo o próprio Ministério da Previdência. O ministro Carlos Lupi diz que os números mais atualizados indicam que desde o início do programa 200 mil pessoas saíram da fila.
O ministro anunciou mais uma
medida para atender quem espera auxílio doença: a partir desta semana, bastar
apresentar o atestado médico pelo sistema Meu INSS ou pelo 135.
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