A construção de uma usina de dessalinização de água em Fortaleza se tornou alvo de embate entre o governo estadual e o setor de telecomunicações, que tenta barrar a obra alegando riscos aos cabos submarinos que transferem dados entre o país e o mundo.
A companhia estadual de
saneamento diz que já alterou o projeto para afastá-lo dos cabos e acusa as
empresas de querer reservar para si a Praia do Futuro, onde a usina será
instalada, em detrimento do abastecimento de água na capital cearense.
Com investimentos
previstos em R$ 526 milhões, a usina começou a ser projetada em 2017 e ainda
está em fase de licenciamento pelo órgão ambiental estadual. A expectativa é
que a licença saia em outubro e que as obras sejam iniciadas no primeiro
trimestre de 2024.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) ressaltou o "risco significativo" da instalação de usina de dessalinização, pela Companhia de Água e Esgoto do Estado do Ceará (Cagece), na Praia do Futuro, em Fortaleza.
O imbróglio entre
empresas de telecom e o consórcio responsável pelo proje de dessalinização de
água do mar se arrasta, pelo menos, desde o ano passado, justamente porque a
Praia do Futuro é ponto de chegada de 17 desses cabos submarinos, fazendo da capital
cearense o principal hub de conexão digital do Brasil e um dos três maiores do
mundo. A SPE Águas de Fortaleza e a Companhia de Água e Esgoto do Ceará
(Cagece) são parceiras né construção da usina.
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