A líder quilombola Bernadete Pacífico, 72, assassinada a tiros na Bahia, foi enterrada no final da manhã deste sábado (19), com homenagens, samba e rituais do Candomblé.
A quilombola foi morta na noite de quinta (17); Os tiros foram disparados por dois homens que utilizavam capacetes de motociclistas.
A líder era bastante engajada no Estado da Bahia | Reprodução
O corpo foi foi levado em cortejo ao cemitério em cima de um caminhão dos bombeiros pelas ruas de Simões Filho, na região metropolitana de Salvador.
A quilombola foi morta na noite de quinta (17). Os tiros foram disparados por dois homens que utilizavam capacetes de motociclistas.
A Polícia Civil disse que
realiza ações integradas para elucidar a morte com a "utilização de toda
tecnologia disponível para as apurações", além das perícias realizadas
pelo Departamento de Polícia Técnica.
Bernadete era uma das lideranças do quilombo Pitanga dos Palmares.
Autoridades locais, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), e o presidente Lula (PT) se manifestaram repudiando o crime.
Bernadete também era coordenadora nacional da Conaq e mãe de Flávio Gabriel Pacífico dos Santos, o Binho, líder assassinado há seis anos. Ela atuava contra a violência sofrida pelo povo quilombola e pela titulação da terra de sua comunidade.
A líder quilombola foi
secretária de Políticas de Promoção da Igualdade Racial de Simões Filho na
gestão de Eduardo Alencar (2009 a 2016), irmão do senador Otto Alencar –ambos
são do PSD.
O crime foi descoberto pela
polícia no final da tarde de sexta-feira (18), depois do desaparecimento de
Thallita. A autópsia apontou que a causa da morte foi uma hemorragia aguda
provocada por diversos golpes de faca.
Autor:Bruna
Fantti/Folhapress
0 Comentários