não mexer

header ads

Mauro Cid presta novo depoimento à PF nesta segunda (28).

Otenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), presta novo depoimento à Polícia Federal na manhã desta segunda-feira (28). A oitiva deve acontecer a partir das 10h após ele depor na última sexta-feira (25). 

Cid foi intimado a depor na semana passada para ser ouvido no inquérito que investiga a suposta contratação dos serviços do hacker Walter Delgatti Neto para tentar invadir as urnas eletrônicas. 

Segundo Delgatti, Cid teria participado do encontro promovido pela deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) entre ele e Bolsonaro, em agosto do ano passado, no Palácio da Alvorada. 

O hacker está em prisão preventiva acusado de ter incluído dados falsos sobre o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A ação teria sido ordenada pela parlamentar, segundo Delgatti. 

Ainda segundo ele, Cid já estava com o ex-presidente quando ele entrou no Alvorada ao lado da deputada para conhecer e conversar com Bolsonaro. O ex-ajudante de ordens teria ouvido toda a reunião e sabia que, de lá, Delgatti seguiria para o Ministério da Defesa para uma reunião com o ex-ministro Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira e outros militares da pasta. 

Em depoimento à PF, Delgatti disse que essa foi uma das cinco vezes em que ele esteve no Ministério da Defesa com o intuito de tentar criar situações para descredibilizar as urnas eletrônicas.

Na última sexta, o ministro Alexandre de Moraes determinou que Cid não se comunique com Bolsonaro e com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, além de outros indivíduos que estão sob investigação. A restrição também se estende à esposa dele, Gabriela Santiago Cid, e outros ex-ajudantes de ordens que estão sendo investigados. 

Além dessas investigações, Cid também está detido sob suspeita de envolvimento em um esquema de fraude de cartões de vacinação contra a Covid-19. Análise do conteúdo encontrado no celular dele pela PF revelou novas informações e contribuiu para a medida tomada por Moraes. 

Nos aparelhos de Mauro Cid, a Polícia Federal disse ter encontrado indícios de que militares da ativa teriam financiado atos antidemocráticos e uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de outubro do ano passado. 

De acordo com os investigadores, em "análise parcial dos dados armazenados" no celular de Cid e da esposa dele, foram identificadas "várias mensagens postadas em grupos e chats privados do aplicativo WhatsApp, em que os interlocutores, incluindo militares da ativa, incentivam a continuidade das manifestações antidemocráticas e a execução de um golpe de Estado após o pleito eleitoral de 2022, inclusive com financiamento aos atos ilícitos".

DOL

Postar um comentário

0 Comentários