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Promotores de festas juninas pedem mais recursos públicos para esses eventos.

A Comissão de Cultura da Câmara discutiu a promoção do movimento junino brasileiro. O movimento reivindica mais recursos estatais para os chamados quadrilheiros e o reconhecimento da quadrilha junina como patrimônio cultural imaterial. Em abril, foi sancionada a Lei 14.555/23, que identifica as festas juninas como uma manifestação da cultura nacional. 

Movimento junino reivindica mais recursos estatais para os eventos e o reconhecimento da quadrilha junina como patrimônio cultural imaterial.

Audiência pública da Comissão de Cultura da Câmara

Representante do Ministério do Turismo, Maria Fernanda Melis disse que as emendas parlamentares são a principal fonte de recursos para a promoção dos eventos juninos. 

O deputado Defensor Stelio Dener (Republicanos-RR), que sugeriu a audiência, anunciou que vai dedicar a totalidade de suas emendas de 2024 para o movimento. “Já vou colocar neste ano, para 2024, 100% das minhas emendas para fazermos as quadras de todas as juninas do estado de Roraima. E eu iniciei dizendo que o exemplo deve ser seguido.” 

Representante do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Marina Lacerda também citou a regulamentação da Lei Paulo Gustavo que vai destinar nos próximos dias R$ 3,8 bilhões aos estados e municípios para fomento da cultura local. Essa destinação deverá ser precedida de audiências públicas. 

Vinicius Loures/Câmara dos Deputados-Iphan analisa reconhecimento da quadrilha como patrimônio cultural

Patrimônio

Sobre o reconhecimento da quadrilha junina como patrimônio cultural, Marina explicou que as danças têm uma beleza estética importante, mas que o Iphan está atento às relações sociais desenvolvidas pela atividade “Imagino que muita gente se casa dentro da quadrilha, muitas relações de amizade se fortalecem a partir da quadrilha. E o patrimônio tem este olhar sensível”, explicou. 

Diretor da Confederação Nacional de Quadrilhas Juninas e Grupos Folclóricos do Brasil, Michael da Silva, destacou justamente os aspectos sociais da quadrilha. “A prática da dança em grupo ajuda a fortalecer os laços comunitários e a promover a inclusão social. As quadrilhas são frequentemente formadas por pessoas de diferentes idades, origens e classes sociais. E trabalham juntas para criar algo bonito e significativo”, disse. 

Marina Lacerda comentou que, em relação às festas juninas, o Iphan já reconhece como patrimônios culturais as Matrizes Tradicionais do Forró; o Pau Da Bandeira de Santo Antônio em Barbalha, no Ceará; o Complexo Cultural do Bumba meu Boi do Maranhão; e o Banho de São João de Corumbá e Ladário, no Mato Grosso do Sul. 

O vereador da Câmara Municipal de Boa Vista (RR) Sandro Baré ressaltou ainda a geração de empregos. “Imaginem a quantidade de empregos que as juninas geram em cada estado, como costureiras, artesãos, músicos, pintores e vendedores de bolo, lanches, suco nas quadras”, enumerou. 

Sandro sugeriu que os editais de cultura também sejam alocados para as quadrilhas e não apenas para os eventos juninos. 

Administrador regional de Brazlândia (DF), Marcelo da Cunha informou que a cidade celebra 90 anos neste ano, e um dos eventos comemorativos será a recepção do campeonato brasileiro de quadrilhas juninas entre 7 e 9 de julho. 

Reportagem - Silvia Mugnatto

Edição - Geórgia Moraes 

Fonte: Agência Câmara de Notícias

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