Mais um caso de racismo e violência foi registrado dentro de uma unidade da rede de supermercado Carrefour. Em Salvador, na Bahia, um casal negro foi agredido em uma filial da rede de supermercados, em Salvador, na Bahia, na última sexta-feira (5).
Um casal negro foi agredido em uma unidade do supermercado Carrefour essa semana, após furtar dois pacotes de leites.
Casal teria furtado dois pacotes de leite. | Reprodução
O casal, que
foi identificado com Jamile e Jeremias, foi agredido após furtar dois pacotes
de leites, que de acordo com eles era para alimentar a filha.
A tortura
contra os dois foi filmada. Nas imagens, os dois estão encostados em uma
parede, enquanto os os agressores xingam e batem nos dois. Os responsáveis
pelas agressões não aparecem no vídeo.
Na gravação,
ainda é possível ver que a mulher, Jamile, segura uma mochila, onde estaria os
alimentos furtados. Ela é agredida com tapas no rosto, que ainda ordena que ela
tire a mão da região para não se defender.
“Tire a mão sua desgraça”, diz um deles.
O que diz o Carrefour
Em nota neste
sábado (6), o Carrefour disse que toda a equipe de seguranças da unidade foi
demitida, mas afirmou que "é possível afirmar que o agressor que aparece
nas imagens não é funcionário da loja". Além disse, informou que um
boletim de ocorrência foi registrado na Polícia Civil, que investiga o caso e
que a unidade está buscando contato com as vítimas para pedir desculpas e
oferecer ajuda psicológica.
"É
inadmissível que qualquer pessoa seja tratada desta maneira. É um crime, com o
qual não compactuamos. Estamos buscando o contato com as vítimas para nos
desculparmos pessoalmente, além oferecer suporte psicológico, médico ou
qualquer outro apoio necessário", disse um trecho do comunicado.
Outros casos de racismo e tortura em
supermercados
Desde 2009, a rede de supermercado Carrefour acumula
muitos casos de racismo e agressões. Naquele ano, funcionários de uma unidade
de Osasco espancaram um homem negro, identificado como Januário Alves de
Santana, acusado de ter tentado roubar um carro, no entanto, o veículo era da
própria vítima.
Em 2020, um dia antes do Dia da Consciência Negra,
dois seguranças brancos espancaram e mataram João Alberto Silveira Freitas, um
homem negro, acusado de discutir com uma funcionária de uma unidade da empresa
em Porto Alegre.
Em abril, um caso recente, foi o da professora e
atriz Isabel Oliveira, que tirou a roupa em um supermercado da rede Atacadão em
protesto contra o racismo, que ela teria sofrido no estabelecimento, localizado
em Curitiba, no último sábado (8).
A mulher ficou só de roupas intimas para comprovar
que ela não havia roubado nada no estabelecimento.
Autor:DOL, Com informação do Terra
0 Comentários