Osenador Sergio Moro (União Brasil-PR) se tornou alvo do PCC após proibir visitas íntimas aos presos no sistema penitenciário federal, segundo o promotor Lincoln Gakiya.
Medida foi implantada no sistema penitenciário federal em 2019 no governo Bolsonaro.
Ex juiz e agora senador Sergio Moro (União Brasil-PR) | Reprodução/ Redes Sociais
"Moro é
alvo destes criminosos por conta da portaria que ele baixou proibindo as
visitas íntimas no sistema penitenciário federal. Isso realmente desagradou
esses criminosos, não só do PCC, mas de todas as facções", afirma.
Moro foi
ministro da Justiça do governo Bolsonaro, de janeiro de 2019 a abril de 2020.
Assim
como Moro, Gakiya também estava na mira do plano traçado por facções criminosas
para atacar servidores públicos e autoridades e frustrado pela Polícia Federal.
No UOL News
desta quinta (23), Gakiya forneceu alguns detalhes do plano dos criminosos,
criticou o uso político da operação policial por causa da repercussão da fala
de Lula de "F... esse Moro" enquanto esteve preso em Curitiba.
"Embora
o plano em si tenha sido descoberto em janeiro deste ano, os documentos e
informações das investigações dão conta de que o plano está em andamento desde
agosto de 2022, portanto no governo anterior. Não há motivo para dizer que foi
algo engendrado pelo governo atual ou algo parecido. Infelizmente, estão
fazendo uso político de uma operação de sucesso", afirma o promotor.
Segundo
Gakiya, o ataque a autoridades orquestrado pelo PCC (Primeiro Comando da
Capital), que tinha ele mesmo e Moro como alvos, era um 'plano B'. A primeira
opção era resgatar Marcola, chefe da facção criminosa.
"O plano
não era só contra Sergio Moro e a mim. Em 2019, o PCC já havia determinado que
a prioridade era tentar o resgate do Marcola. Eles determinaram isso como
'plano A' e o denominaram com 'STF'. O 'plano B' era o 'STJ'. Se o resgate do
Marcola não tivesse sucesso, era para desencadear o 'plano B', que eram ataques
a agentes públicos e sequestro de autoridades para forçar o governo a devolver
Marcola para o sistema penitenciário paulista", disse.
Autor:(UOL/FOLHAPRESS)
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