O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), afirmou nesta segunda-feira (13) que o assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL) é um exemplo "do que o Brasil não deve ser".
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, diz que ódio dominou política brasileira nos últimos dez anos.
Presidente Lula (PT) e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB) | Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
Dino
também disse que políticos e autoridades do Judiciário se dedicaram a
"matá-la novamente" após o crime, que completa cinco anos nesta terça
(14).
"Marielle
foi assassinada e, no dia seguinte, políticos e autoridades, inclusive do Poder
Judiciário, entre outros, dedicaram-se a matá-la novamente. Até hoje é como se
houvesse um homicídio por dia", afirmou.
A declaração ocorreu em
um evento sobre liberdade de expressão, redes sociais e democracia na sede da
FGV (Fundação Getulio Vargas), no Rio.
Após
a morte de Marielle, em 2018, o nome da vereadora foi alvo de fake news na
internet. Nesta segunda, Dino indicou que o governo trabalha em um projeto para
regulamentar a difusão de conteúdos nas redes.
"Esse
caso da Marielle serve de referência para aquilo que o Brasil não deve ser,
para aquilo que o Brasil não pode ser", afirmou o ministro.
"Talvez
esse debate sobre a internet possibilite uma porta em que nós consigamos sair
desse labirinto de ódio e vale-tudo em que a política brasileira se viu imersa
nos últimos dez anos", acrescentou.
Dino comparou o caso da
vereadora e seus desdobramentos a uma situação vivida na Europa cem anos atrás.
Segundo
ele, a "manipulação de afetos" foi dominante na luta política à
época, sobretudo na "dimensão do ódio".
"O
que foram os dez últimos anos na política brasileira? A hegemonia do
ódio", disse o ministro.
Autor:LEONARDO
VIECELI E ITALO NOGUEIRA- FOLHAPRESS
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