Após um ano desde a invasão russa à Ucrânia, que deu início a uma guerra na região, o mundo se vê diretamente impactado pelo conflito. A diplomacia internacional tenta, a todo custo, intervir nas tensões entre os dois países, mas um acordo de paz para o encerramento da discórdia ainda parece longe de se tornar realidade.
Presidente brasileiro falou por videochamada com o líder ucraniano sobre os esforços internacionais para o fim do conflito entre os dois países, que perdura por mais de um ano.
Lula conversou com presidente da Ucrânia sobre o desenvolvimento de um acordo de paz para o fim da guerra com a Rússia | Marcelo Camargo/Agência Brasil
No entanto,
os esforços para o fim da guerra seguem em pauta. O presidente do Brasil, Luiz
Inácio Lula da Silva (PT), conversou por videochamada na tarde desta
quinta-feira (2) com o presidente ucraniano Volodymir Zelensky.
O petista
destacou a importância de que os países do G-20, que reúne as maiores economias
do mundo, comecem a pensar em como ajudar a promover o fim do conflito no país
do leste europeu.
"É
urgente que nações que não estejam envolvidas na guerra assumam o papel de
encaminhar negociações para o restabelecimento da harmonia entre Rússia e
Ucrânia", afirmou Lula a Zelensky. O presidente brasileiro comentou sobre
a ligação nas redes sociais.
O convite havia sido
feito pelo ucraniano no fim de fevereiro, quando a invasão russa completou um
ano. O governo brasileiro tem defendido a criação de uma força-tarefa
internacional para negociar a paz.
Antes, o
representante da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach, havia dito que o país não aceitaria
proposta de paz "a qualquer custo". Para ele, um eventual acordo com
a Rússia depende da saída das tropas do Kremlin, sede do governo russo, do
território ucraniano.
O
vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Mikhail Galuzin, afirma que o
governo de Vladimir Putin recebeu a proposta de paz na Ucrânia enviada por Lula
em fevereiro. "Estamos examinando as iniciativas do ponto de vista da
política equilibrada do Brasil", disse neste mês.
"Para o
Ocidente e Kiev se sentarem à mesa de negociações, eles devem primeiro parar de
bombardear as cidades russas e abaixar as armas. Estamos prontos para atingir
os nossos objetivos, de proteção dos habitantes de Donbass, de desmilitarização
e desnazificação da Ucrânia", destacou Galuzin ao site do Ministério da
Defesa russo.
O Brasil pode
vir a assumir um papel de destaque na intermediação do conflito. Como optou por
não apoiar nenhum dos lados na guerra e, desde o começo, condenou os ataques de
ambos os lados, defendendo a pacificação no leste europeu, o país conta com
certo prestígio de poder de fala e escuta no meio diplomático.
DOL, com informações do UOL
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