Os casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) - associados à covid-19 - mantiveram a tendência de alta já registrada nas últimas semanas no Amazonas e São Paulo e também apresentam tendência clara de aumento no Ceará e no Rio de Janeiro.
É o que revelam informações divulgadas ontem (10) no último Boletim
Infogripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Os dados de 26 de fevereiro a 4
de março apontam, ainda, para sinais iniciais de aumento em Mato Grosso do Sul
e no Pará.
O avanço da SRAG por covid-19 - que gera hospitalizações - está mais
associado a casos na população adulta. O InfoGripe também registra crescimento
de casos entre crianças e adolescentes, mas não há uma associação viral clara,
segundo o coordenador do boletim, Marcelo Gomes.
"Na Bahia, em Mato Grosso do Sul, no Paraná, em Santa Catarina e,
em menor escala, em São Paulo, existe aumento nos casos positivos para
rinovírus nas crianças até 11 anos", disse o pesquisador, em texto
divulgado pela Agência Fiocruz de Notícias.
Vacinas
Ele destaca que o novo cenário de crescimento reforça a importância da
campanha de vacinação iniciada no dia 27 de fevereiro pelo Ministério da Saúde,
em que os grupos prioritários já podem receber as vacinas bivalentes contra
covid-19, atualizadas para conferir maior proteção contra a variante
Ômicron.
Ao todo, 18 unidades da federação apresentam tendência de crescimento
nos casos de SRAG, porém, apenas nas destacadas pelo estudo o movimento já pode
ser considerado realmente uma expansão. No Amazonas, além da covid-19, as
hospitalizações por SRAG também estão associadas a casos de influenza A.
Apesar disso, o boletim informa, também, que em Alagoas, na Bahia, no
Distrito Federal, no Espírito Santo, em Goiás, em Minas Gerais, em Mato Grosso
do Sul, no Pará, no Paraná, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina há um
crescimento de casos de SRAG concentrado entre crianças e
adolescentes que, até o momento, não se reflete na população adulta.
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