A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) suspendeu temporariamente, nesta terça-feira (7), a autorização de uso emergencial do medicamento Evusheld (ou AZD7442), da AstraZeneca, para tratamento da Covid-19.
Agência cobra dados sobre eficácia do Evusheld para novas variantes do coronavírus.
Medicamento Evusheld (ou AZD7442), da AstraZeneca, para tratamento da Covid-19. | Divulgação
A
autorização está suspensa até que sejam apresentados dados que comprovem a
eficácia do medicamento contra as variantes de preocupação da Covid em
circulação no Brasil.
Segundo a agência
reguladora, a variante ômicron e suas subvariantes são predominantes no Brasil,
apresentando recentemente uma prevalência de 77% para a BQ.1 e 15% para a BA.5.
"A
Anvisa vem acompanhando a eficácia dos medicamentos aprovados contra as novas
variantes do Sars-CoV-2 e, de acordo com os dados apresentados pela empresa, o
medicamento Evusheld demonstrou queda significativa na atividade contra as
variantes de preocupação do novo coronavírus em circulação no país",
disse, em nota.
Caso existam lotes do
medicamento em território brasileiro, a recomendação da Anvisa é que a empresa
detentora da autorização faça a devida comunicação aos profissionais de saúde
quanto à ineficácia do medicamento contra as variantes em circulação.
A
diretoria colegiada da Anvisa aprovou em dezembro do ano passado o uso
emergencial do medicamento Evusheld.
O medicamento é uma
combinação de anticorpos monoclonais cilgavimabe + tixagevimabe. Até então ele
era indicado para profilaxia pré-exposição, ou seja, para indivíduos que não
estão infectados com a Covid-19 e não tiveram contato com o vírus.
O medicamento também é
indicado para pessoas que não devem tomar a vacina da Covid-19 devido a um
histórico de reação adversa grave. Para quem pode usar o imunizante, ele deve
ser administrado pelo menos duas semanas após a vacinação.
O
medicamento já foi aprovado por outras agências reguladoras em países como os
Estados Unidos, França, Israel, Itália, Barein, Egito e Emirados Árabes Unidos.
Autor:Raquel Lopes-
Folhapress
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