Preso sob acusação de planejar um atentado a bomba em Brasília dias antes da posse do petista Luiz Inácio Lula da Silva, George Washington de Oliveira Sousa escreveu uma carta destinada ao então presidente Jair Bolsonaro dizendo que tinha adquirido armas por causa dos seus incentivos: “O senhor despertou esse espírito em nós”.
“Jamais desistirei de nossa pátria. O sr. despertou esse Espírito
em nós, o Sr. sabe muito bem disso! Hoje sinto orgulho da Nossa Bandeira, de
Nossa Pátria Amada Brasil”, escreveu após dizer que estava
longe da família, mulher, filhos e negócios.
O documento foi encontrado pela Polícia Civil nas anotações do seu
telefone celular, mas não há informações se a missiva chegou a ser enviada a
Bolsonaro. O relatório de perícia transcreveu o rascunho feito por George, mas
não detectou o envio.
Na carta, ele conta ser gestor de postos de gasolina no Pará e diz que
se deslocou a Brasília em novembro, após o resultado da eleição, para
manifestar apoio a Bolsonaro, portando armas e munições. George chega a pedir
autorização a Bolsonaro para permanecer armado no acampamento do
quartel-general do Exército.
“Peço ao Sr. Presidente ou a qualquer Órgão Militar autorização
para permanecer com alguns equipamentos devidamente documentados prontos e em
condições de… dentro do camping no QG em Brasília. Jamais, digo jamais para
confrontar forças Militares, mas para nos defender (mulheres e crianças), o Sr.
Sabe bem de quem temos que nos defender!”, diz na
carta.
Via O Globo
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