OMinistério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome vai cortar ao menos 1,55 milhão de beneficiários irregulares do Bolsa Família em março. O governo voltará a chamar o programa social de Bolsa Família, em substituição à marca Auxílio Brasil, associada à gestão Bolsonaro.
O ministro Wellington Dias afirmou que o governo identificou que essas famílias recebem o benefício mesmo com renda acima do limite
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A expectativa é que, ao todo, 2,5 milhões de benefícios sejam cancelados | Reprodução/Web |
O
ministro Wellington Dias afirmou que o governo identificou que essas famílias
recebem o benefício mesmo com renda acima do limite.
"Já
agora, em março, vamos tirar mais de 1,5 milhão de famílias dessas cerca de 5
milhões em que estamos focados. Temos segurança de que essas não preenchem os
requisitos", disse Dias.
Após
o recadastramento e a ação dos órgãos de assistência social, o ministro disse
que outras 700 mil famílias, que se encaixam nas regras, mas não estavam
recebendo o Bolsa Família, serão incluídas no programa.
O
número de excluídos no pente-fino deve aumentar nos meses seguintes. A
expectativa é que, ao todo, 2,5 milhões de benefícios sejam cancelados. Cerca
de 5 milhões de famílias terão o cadastro revisado até o fim do ano.
O
ministro Wellington Dias também disse que 2.265 famílias pediram
voluntariamente para ser excluídas do programa até a manhã desta sexta (24). A
solicitação pode ser feita pelo aplicativo Cadastro Único.
Os
beneficiários irregulares serão chamados às unidades de atendimento da
assistência social para fazer a revisão do cadastro. O cronograma começa em
março e vai até dezembro.
Segundo
o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, o governo também vai
lançar uma campanha para esclarecer à população como funcionam as regras e os
critérios de acesso aos programas sociais. Hoje, cerca de 21,8 milhões de
beneficiários recebem o Bolsa Família.
NOVO FORMATO DO BOLSA FAMÍLIA
O
novo formato do Bolsa Família deve prever um valor adicional para famílias com
crianças e jovens entre 7 e 18 anos. Esse benefício extra poderá variar entre
R$ 20 e R$ 50 por membro familiar nessa faixa etária.
O
desenho do novo programa, que ainda ainda está em estudo pelo Ministério do
Desenvolvimento e Assistência Social, deve ser concluído na próxima semana.
O
valor adicional por crianças e jovens entre 7 e 18 anos, portanto, poderá ser
incorporado ao mínimo de R$ 600 por família e também poderá se somar ao
benefício extra de R$ 150 por criança de zero a seis anos, que é uma das
promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Técnicos
que trabalham nos estudos e ouvidos pela Folha de S.Paulodizem ainda que a nova
versão deverá prever critérios mais rígidos para famílias unipessoais compostas por um único integrante.
QUEM TEM DIREITO AO BENEFÍCIO
Os cidadãos que fazem parte de
famílias:
1-
Em extrema pobreza, com renda de até R$ 105 por pessoa da família (per capita)
2
- Em situação de pobreza, com renda entre R$ 105,01 e R$ 210 por pessoa da
família (per capita)
3
- Em regra de emancipação, quando o beneficiário conquista um emprego formal,
mas segue com direito de receber o benefício se a renda por pessoa da família
for de até R$ 525
Para
receber, no entanto, é preciso estar inscrito no CadÚnico (Cadastro Único). É
necessário realizar uma pré-inscrição pelo site ou aplicativo e, depois,
confirmar os dados nos Cras (Centro de Referência da Assistência Social) das prefeituras.
O prazo para confirmação é de até 120 dias.
BENEFÍCIO É PAGO PARA MAIS DE
21 MILHÕES DE FAMÍLIAS
Em
fevereiro de 2023, o governo pagará o benefício social para 21,8 milhões de
famílias, somando montante de R$ 13 bilhões transferidos. O valor médio
recebido por família é de R$ 606,91.
FOLHAPRESS
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