Dois anos após a morte da digital influencer Liliane Amorim após sofrer complicações de uma lipoaspiração, o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) pediu à Justiça a absolvição da condenação do médico Benjamim Alencar, responsável pelo procedimento cirúrgico realizado em janeiro de 2021 em Juazeiro do Norte.
Em abril de 2021, o mesmo Ministério Público do Ceará (MPCE) havia
denunciado o médico por homicídio culposo. Contudo, no pedido datado de 21 de
outubro de 2022, o promotor de Justiça Rangel Bento Araruna, da Comarca de
Crato, afirmou que o requerimento feito é por não haver prova suficiente para
condenação, nos termos do Art. 386, VII, do Código de Processo Penal.
"A maioria dos depoimentos indica que o Antonio Benjamim de Alencar
Oliveira preocupou-se com a vítima, e que as alegações de que dizia que a
vítima precisava se ajudar e que fazia manha não partiram do réu, mas de
profissionais e pessoas que estavam ao lado da vítima quando da tentativa de
drenagem. E mesmo que houvesse dele partido, tais expressões não indicam
transferência de culpa, desídia ou menosprezo, eis que sequer se tinha ciência
das perfurações", diz a peça.
A defesa do médico Benjamin de Alencar, representada pelo advogado
Mathaus Agacci, afirmou ao g1 que conseguiu provar que não houve nenhum ato ou
fato culposamente praticado pelo médico que contaram para a morte de Liliane e
que, pelo contrário, o médico agiu para impedir qualquer resultado lesivo (leia
a nota na íntegra no fim da matéria).
Procurado para comentar o pedido de absolvição do médico, o MPCE
informou que não vai comentar porque o caso segue em segredo de Justiça.
A jovem morreu em 24 de janeiro de 2021, após sofrer complicações de uma
lipoaspiração. Liliane tinha 26 anos e estava internada em um hospital
particular de Juazeiro do Norte, no interior do Ceará, desde 15 de janeiro.
Natural de Afogados da Ingazeira, no sertão pernambucano, Liliane reunia quase
100 mil seguidores em perfil sobre moda e beleza no Instagram.
Por g1 CE
0 Comentários