O preço médio do litro da gasolina vendido nos postos do país subiu pela terceira semana consecutiva, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgados nesta segunda-feira (31).
Gasolina teve alta de 0,6% na semana e 23 a 29 de outubro. Valor médio do etanol subiu forte, com alta de 2,54% no período; diesel caiu 0,45%.
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Abastecimento em posto de gasolina — Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil |
O preço médio do litro avançou
de R$ 4,88 para R$ 4,91 na semana de 23 a 29 de outubro, uma alta de 0,6%. De
acordo com o novo levantamento da ANP, o valor máximo do combustível encontrado
nos postos foi de R$ 7,34.
O litro do etanol hidratado
também subiu: passou de R$ 3,54 para R$ 3,63, um avanço de 2,54% na semana.
Essa é a quarta alta seguida no preço do combustível, após cinco meses de
queda. O valor mais alto encontrado pela agência nesta semana foi de R$ 6,90.
O diesel teve queda sensível. O
preço médio do litro recuou de R$ 6,59 para R$ 6,56, redução de 0,45%. O valor
mais alto encontrado nesta semana foi de R$ 7,99.
Os dados da ANP dão sinais de
estabilização nos preços dos combustíveis, após semanas consecutivas de forte
queda (confira no gráfico abaixo).
Em junho, os preços do litro do
diesel e da gasolina alcançaram os maiores valores nominais pagos pelos
consumidores para os combustíveis desde que a ANP passou a fazer levantamento
semanal de preços, em 2004.
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Defasagem
A Petrobras tem como política
de preços a Paridade de Preço Internacional (PPI). O modelo determina que a
estatal cobre, ao vender combustíveis para as distribuidoras brasileiras,
preços compatíveis com os que são praticados no exterior.
Segundo os últimos cálculos da
Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a defasagem
média no preço do diesel está em 6%, e no da gasolina, 8%. Isso significa que
os preços da Petrobras ainda estão mais baratos em relação aos praticados no
exterior.
Queda de preços
Os preços dos combustíveis
vinham sentindo o efeito da limitação do Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços (ICMS), adotada pelos estados após sanção do projeto que
cria um teto para o imposto sobre itens como diesel, gasolina, energia
elétrica, comunicações e transporte coletivo.
Pelo texto, esses itens passam a ser classificados como essenciais e indispensáveis, o que impede que os estados cobrem taxa superior à alíquota geral, que varia de 17% a 18%, dependendo da localidade. Até então, os combustíveis e outros bens que o projeto beneficia eram considerados supérfluos e pagavam, em alguns estados, até 30% de ICMS.
Além disso, a Petrobras tem
promovido sucessivos cortes nos preços de venda da gasolina e do diesel para as
refinarias. A queda nos postos de combustíveis é influenciada também pelos
preços do petróleo, que têm caído no mercado internacional.
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