Um em cada três eleitores (34%) tem muito medo de algum ato de violência durante a campanha para o segundo turno e 29% relatam ter um pouco de medo, de acordo com a última pesquisa do Datafolha, realizada de 5 a 7 de outubro.
No Centro-Oeste, 38% dos eleitores relataram ter muito medo de algum conflito violento. Nas demais regiões, os índices são de 33% no Sudeste, 27% no Norte e 26% no Sul.
35% dizem não temer violência e 1% preferiu não opinar. | ( Divulgação ) |
Do eleitorado, 35% dizem não temer violência e 1% preferiu não opinar. A
votação do segundo turno acontece em 30 de outubro.
A disputa acirrada entre Luiz Inácio Lula da Silva
(PT), que recebeu 48,4% dos votos válidos, e Jair Bolsonaro (PL), 43,2%, foi
antecedida de uma série de episódios relacionados à violência política,
incluindo agressões e assassinato.
Segundo a pesquisa, são as mulheres que têm muito
medo, com índice de 43%, ante 24% dos homens.
A população de eleitores mais jovens e de apoiadores de Lula também é a
mais temerosa (43% nos dois casos). Entre eleitores de Bolsonaro, a parcela é
de 23%.
Entre apoiadores de Lula, 29% não têm medo. O
percentual no eleitorado de Bolsonaro é de 45%.
No Nordeste, 41% têm medo de violência política. Reduto eleitoral
petista, a região registrou 67% dos votos válidos em Lula.
Após o primeiro turno, eleitores foram alvo de uma
onda de ataques xenófobos nas redes sociais e entraram na mira do atual chefe
do Executivo, que associou o analfabetismo da região à ampla vantagem do
adversário.
"Lula venceu em 9 dos 10 estados com maior taxa de analfabetismo.
Você sabe quais são esses estados? No nosso Nordeste", disse Bolsonaro na
quarta-feira (5).
No Centro-Oeste, 38% dos eleitores relataram ter
muito medo de algum conflito violento. Nas demais regiões, os índices são de
33% no Sudeste, 27% no Norte e 26% no Sul.
Entre moradores de cidades de regiões
metropolitanas, 38% relatam medo de conflitos. Entre os residentes em cidades
do interior, 31%.
O instituto ouviu 2.884 eleitores em 179
municípios, num levantamento contratado pela Folha e pela TV Globo e registrado
no Tribunal Superior Eleitoral sob o número BR-02012/2022.
Autor: Paula Soprana/Folhapress
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