Oex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continua à frente na disputa presidencial de segundo turno, com 50% das intenções de voto contra 43% do presidente Jair Bolsonaro (PL), aponta pesquisa Ipec divulgada nesta segunda-feira (17).
A sondagem ouviu 3.008 brasileiros pessoalmente em 184 municípios do país, de sábado (15) até esta segunda. Foi finalizada, portanto, após o primeiro debate do segundo turno, realizado neste domingo (16).
O 2° turno das eleições de 2022 ocorre no dia 30 de outubro | ( Reprodução ) |
No levantamento anterior, realizado há uma semana, o petista tinha 51%,
e o atual mandatário, 42% —a diferença entre eles, portanto, oscilou de nove
para sete pontos percentuais. A margem de erro é de dois pontos percentuais,
para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%.
Os que pretendem votar em branco ou anular no
próximo dia 30 se mantiveram em 5%, e os que ainda não decidiram seu voto, em
2%.
No cálculo dos votos válidos —que excluem os
brancos e nulos e são usados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para
totalizar o resultado das eleições—, o ex-presidente tem 54% e seu adversário,
46%. Na última rodada, eles tinham 55% e 45%, respectivamente.
A sondagem ouviu 3.008 brasileiros pessoalmente em 184 municípios do
país, de sábado (15) até esta segunda. Foi finalizada, portanto, após o
primeiro debate do segundo turno, realizado neste domingo (16) por Folha de
S.Paulo, UOL, Grupo Bandeirantes e TV Cultura.
O levantamento foi registrado na Justiça Eleitoral
sob o número BR-02707/2022.
Os entrevistados que dizem estar certos de sua
escolha agora são 93% (eram 94% na semana passada), enquanto os que ainda podem
trocar de candidato somam 7% (eram 6%), tanto para os eleitores de Lula e
quanto para os de Bolsonaro.
O presidente continua com a maior taxa de rejeição,
apesar de ela ter oscilado negativamente: 46% dizem que não votariam nele de
jeito nenhum, contra 48% na semana passada. Já a recusa a Lula variou de 42%
para 41% agora.
A pesquisa indica ainda um aumento dos que avaliam o atual governo como regular,
de 19% para 23%. Os que o consideram bom ou ótimo passaram de 38% para 37%,
enquanto os que o veem como ruim ou péssimo oscilaram de 41% para 39%.
As pesquisas eleitorais são um retrato da intenção
dos eleitores no momento em que as entrevistas são feitas, e não uma projeção
do resultado eleitoral, que só será conhecido no dia do pleito, com a apuração
oficial.
Até o instante de apertar o botão na urna, diversos
fatores podem fazer com que as pessoas mudem de posição. Para fazer uma análise
mais ampla do cenário eleitoral, o eleitor deve levar em conta o conjunto de
questões que os levantamentos abordam, e não um único indicador.
O presidente Jair Bolsonaro, aliados e apoiadores
têm criticado os institutos de pesquisa pelas diferenças entre os dados dos
levantamentos feitos em dias anteriores à votação do primeiro turno e o
resultado da eleição divulgado pelo TSE.
No primeiro turno, no dia 2 de outubro, Lula obteve 48,4% dos votos
válidos, ante 43,2% de Bolsonaro. A terceira colocada, Simone Tebet (MDB),
ficou com 4,2% e Ciro Gomes (PDT), com 3%.
Abstiveram-se 33 milhões de eleitores, o
equivalente a 21% do eleitorado do país. Os votos em branco ou nulos para
presidente no primeiro turno somaram 5,5 milhões, o correspondente a 4,4% dos
que compareceram às seções.
Lula foi o mais votado em todo o Nordeste, em Minas
Gerais e em quatro estados do Norte. Já Bolsonaro ficou à frente no Sul e no
Centro-Oeste, em três estados do Sudeste e em outros três do Norte.
Autor: Folha Press
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