O Brasil totaliza cinco mortes por varíola dos macacos no Brasil, com dois novos óbitos registrados nos últimos dias. Uma delas foi em Pouso Alegre, no interior de Minas Gerais, e a outra foi em São João de Meriti, no Rio de Janeiro.
Apesar dos novos óbitos confirmados no Rio de Janeiro e em Minas Gerais, país apresentam queda no número de casos nas últimas semanas.
Pacientes que morreram Rio e em Minas tinham comorbidades. | (Foto: Débora Vieira/Fiocruz) |
A morte de Minas Gerais é a segunda registrada no estado -
foi lá que o primeiro óbito pela doença no país ocorreu. A vítima mais recente,
do sexo masculino, morreu na manhã de domingo (9) em um hospital em que estava
internado desde 11 de setembro.
O paciente tinha 21
anos e tinha comorbidades, o que aumenta os riscos para complicações por
varíola dos macacos. Além desse caso, o município tem outros três pacientes com
diagnósticos confirmados pela doença.
No Rio de Janeiro, o paciente de 31 anos estava
internado desde 16 de setembro. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, o óbito
também tem associação com outras complicações.
"O óbito tem relação com o histórico de
comorbidades e baixa imunidade, que agravaram o quadro da doença",
informou a secretaria.
Agora, o estado totaliza três mortos pela doença.
Não há óbitos pela varíola dos macacos registrados em outras regiões do país
além dos estados do Rio e de Minas.
Mortes pela doença são raras, mas podem ocorrer
principalmente em países imunossuprimidos. Gestantes e crianças também
apresentam maior risco para vim a óbito.
A doença é causada
pelo vírus monkeypox. Alguns sintomas iniciais são febre, mal estar e dores no
corpo. Após isso, é comum o aparecimento de lesões pelo corpo do paciente. A
transmissão ocorre principalmente no contato com essas feridas. Embora mais
raras, outra forma de transmissão é por vias aéreas.
Para prevenir a doença, a vacinação de populações
de maior risco, como profissionais de saúde que atuam na linha de frente, é
importante. Além disso, também é possível vacinar pessoas que tiveram contato
com casos suspeitos ou confirmados.
CASOS DA DOENÇA
Dados do Ministério da Saúde apontam uma redução no
número de casos da doença nas últimas semanas. O boletim epidemiológico
divulgado em 3 de outubro informa que, na semana de 18 a 24 de setembro, a
média de casos foi de 25.
De 31 de julho a 6 de
agosto, a média móvel de casos se encontrava em 151. Desde então, o número vem
caindo, especialmente no mês de setembro. Por exemplo, na primeira semana
epidemiológica desse mês, a média era de 76 casos.
Mesmo com a redução, especialistas afirmam que
ainda é necessário tomar medidas para conter o surto da doença. "Assim
como com a Covid-19, não é momento de baixar a guarda", afirmou, em 14 de
agosto, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom.
Além disso, mesmo com o achatamento nos novos
diagnósticos, o Brasil continua sendo um dos países com maior número total de
casos. O Our World in Data, sistema de compilação de dados da Universidade de
Oxford, informa que já são 8.270 casos da doença no país.
Somente os Estados Unidos, com mais de 24 mil
infectados, registrou um número maior que o Brasil.
Autor: SAMUEL FERNANDES/ FOLHAPRESS
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