A Polícia Federal cumpre na manhã desta terça (23) mandados de busca contra empresários que em um grupo de mensagens defenderam um golpe de Estado caso o ex-presidente Lula (PT) vença Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais.
Polícia Federal deflagrou operação na manhã desta terça-feira (23), após o vazamento de mensagens em grupo de empresários bolsonaristas ameaçando golpe em caso de vitória de Lula (PT) nas eleições deste ano.
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Luciano Hang e outros empresários fazem parte de grupo que apoiou golpe em caso de derrota de Bolsonaro e vitória de Lula | Agência Brasil/Marcelo Camargo. |
Além das buscas, o ministro Alexandre de Moraes
também autorizou que os empresários sejam ouvidos pela PF.
Entre os alvos estão Luciano Hang, da Havan, José Isaac Peres, da rede
de shopping Multiplan, Ivan Wrobel, da Construtora W3, José Koury, do Barra
World Shopping, André Tissot, do Grupo Serra, Meyer Nigri, da Tecnisa, Marco
Aurélio Raimundo, da Mormai, e Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu.
As conversas foram reveladas pelo site Metrópoles.
As buscas foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo
Tribunal Federal.
EMPRESÁRIOS NEGAM
INTENÇÃO GOLPISTA
Após a divulgação das mensagens que defendiam
golpe, Luciano Hang, dono da Havan, confirmou ao jornal Folha de S.Paulo que
integra o grupo, mas disse que quase nunca se manifesta e em momento algum
falou sobre os Poderes.
Entre os alvos estão Luciano Hang, da Havan, José Isaac Peres, da rede
de shopping Multiplan, Ivan Wrobel, da Construtora W3, José Koury, do Barra
World Shopping, André Tissot, do Grupo Serra, Meyer Nigri, da Tecnisa, Marco
Aurélio Raimundo, da Mormai, e Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu.
As conversas foram reveladas pelo site Metrópoles.
As buscas foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo
Tribunal Federal.
EMPRESÁRIOS NEGAM
INTENÇÃO GOLPISTA
Após a divulgação das mensagens que defendiam
golpe, Luciano Hang, dono da Havan, confirmou ao jornal Folha de S.Paulo que
integra o grupo, mas disse que quase nunca se manifesta e em momento algum
falou sobre os Poderes.
Afrânio Barreira, do grupo Coco Bambu, divulgou nota no qual afirma que nunca se manifestou a favor de qualquer conduta que não seja institucional e democrática. Acrescenta que ações que visem a romper com a democracia não correspondem ao seu pensamento e posicionamento.
"A democracia é a chave para construção de um
Brasil melhor. Valorizo, e muito, a oportunidade de conseguir votar e escolher
os representantes de nosso povo brasileiro, e todo cidadão deveria ter a
consciência da importância deste momento. Valorizo e sempre defenderei um
processo eleitoral honesto e justo", afirmou o empresário, que acrescenta
muitas vezes se manifestar com reações em "emoticon" a alguma
mensagem, mas sem necessariamente estar endossando seu teor, ou ter lido todo o
seu conteúdo.
"Não somos conspiradores nem a favor de nenhum golpe", disse o
empresário José Koury, por meio de nota encaminhada por sua equipe de
comunicação. "As mensagens obtidas em um grupo privado de amigos do
WhatsApp foram deturpadas em seu sentido e contexto." Ainda segundo ele,
os empresários são contra qualquer tipo de ditadura. Ele também disse que não
iria comentar mais sobre o assunto.
A preocupação com investidas frequentes de grupos
bolsonaristas contra a democracia levou entidades empresariais e da sociedade
civil, políticos e cidadãos a endossarem cartas em defesa do Estado de Direito
democrático no Brasil.
Ao Metrópoles, alguns empresários
também se manifestaram negando que defendem um golpe de Estado ou que apoiam
atos que sejam ilegítimos, ilegais ou violentos.
Fábio Serrapião/Folhapress
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