Um jovem de 17 anos morreu em Simões, no Piauí, após ser contaminado pelo fungo Paracoccidioidomicose, que causa complicação conhecida popularmente como “doença do tatu”. Irmão e amigo do adolescente também tiveram contato com o fungo e o último está internado em estado grave.
Jovem de 17
anos morreu contaminado por fungo encontrado em buraco de tatu; irmão e amigo
também foram infectados. Doença não é contagiosa.
O óbito devido à doença é o primeiro registrado na cidade em
quatro anos. A contaminação ocorre pelo contato com os esporos do fungo. No
caso de Simões, os três jovens mexeram no solo e acabaram inalando a substância
do buraco infectado.
Há três meses, eles saíram para caçar tatu e, em casa,
começaram a sentir falta de ar e febre. A vítima chegou a ser encaminhado ao
hospital, mas não resistiu.
O irmão teve sintomas leves e segue em acompanhamento
ambulatorial. Já o amigo está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Em 2018, o município contabilizou outros casos — um deles
resultando em morte. Os sintomas não são contagiosos nem transmitidos de animal
para humano ou humano para humano.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Simões explica
sobre a doença. Leia na íntegra:
“A Paracoccidioidomicose (PCM) é conhecida popularmente por
“Doença do Tatu”. A associação com o animal acontece porque o homem ao caçar
tatus entra em contato com as tocas (buracos), onde o solo está contaminado
pelo fungo.
A doença não é transmitida por animais ao homem, nem é
transmitida de uma pessoa para outra. A transmissão é sempre pela inalação dos
esporos que estão no solo contaminado (poeira que sai do buraco).
A pessoa infectada pode apresentar lesões na pele, tosse,
febre, falta de ar, linfonodomegalia (ínguas ou landras), comprometimento
pulmonar, emagrecimento. Podendo inclusive manifestar a forma grave, levando a
morte.
Solicitamos à comunidade que evite exposição ao risco de
contaminação”.
Metrópoles
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