A o nascer do Sol desta terça-feira (14), pouco antes das 5 horas, lá estava ela: a Superlua, especialmente brilhante no céu limpo de Brasília. Para quem não viu o espetáculo nas primeiras horas do dia, ainda dá tempo de apreciar o fenômeno hoje à noite.
A Lua está cheia e no ponto mais próximo da Terra. O nome do fenômeno faz referência aos povos originários dos Estados Unidos à época da colheita dos frutos.
O fenômeno da Superlua tembém pode ser visto nas primeiras horas do dia. | Reprodução/Pixabay |
Segundo Rodolfo Langui, coordenador do
Observatório Didático de Astronomia da Universidade Estadual Paulista (Unesp),
em Bauru, embora Superlua seja um termo popular, o fenômeno agrega dois
momentos astronômicos: a Lua na fase cheia e no ponto da sua órbita mais
próximo da Terra.
"É um termo popular, que na astronomia
chamamos de Lua Cheia de Perigeu. Isso acontece quando a Lua ao girar em volta
da Terra, em órbita elíptica, vai ter um momento no mês que vai passar mais
próxima da Terra e vai ter momento que ela vai se afastar mais. Como os objetos
parecem maiores quando estão mais perto ou menores quando estão mais longe, a
Lua também. Mais perto da Terra, parece que ela fica um pouco maior, e quando
coincide dela passar pelo perigeu e de ser lua cheia, então temos a Superlua,
ou Lua Cheia de Perigeu’’, explica Langhi.
E o evento deste mês de junho, também tem sido batizado de Superlua de
Morango, em uma referência aos povos originários dos Estados Unidos à época da
colheita dos frutos.
“Lua de Morango e outros nomes como Lua do Lobo,
Lua de Mel, tem origem nas culturas indígenas da América do Norte, dos Estados
Unidos. Estes nomes foram inicialmente usados por lá e devido à globalização,
ouvimos também por aqui. Mas, são culturais. A cor da Lua não muda. A não ser
que a pessoa esteja observando a Lua nascendo no horizonte Leste ou se pondo no
horizonte Oeste. Neste momento, não só a Lua, mas qualquer astro quando fica
próximo do horizonte, tem um tom mais avermelhado, alaranjado, devido à
atmosfera da Terra.’’, explica.
Neste sentido, Langui diz que observar a Lua hoje
ao pôr do Sol, pode ser um excelente espetáculo.
"Você vai esperar o Sol se pôr e olhar para o horizonte Leste, que
é o momento em que a Lua estará nascendo. É uma das mais belas visões da
astronomia. Mas, ela vai ficar no céu a noite toda. Se tiver um binóculo,
melhor ainda"
Para este mês de junho, ainda tem conjunção dos
planetas Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno que já é possível ser
observada a olho nu. No dia 24, o ápice, com a Lua se juntando ao alinhamento
dos cinco planetas.
O coordenador do Observatório de Bauru lembra que
para quem perder a Superlua desta terça-feira, pode se programar para a
próxima, prevista para 13 de julho.
‘’O céu traz para nós
lindas lições de vida. A gente tem muito que aprender com a astronomia,
observando o céu. Faz a gente refletir sobre a nossa vida, a nossa existência
aqui na Terra, o único planeta – que sabemos – que consegue sustentar a vida’’,
reflete o astrônomo.
Ag. Brasil
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