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Comandante da Marinha levou parentes em voo da FAB.

Levar parentes nos voos da Força Aérea Brasileira (FAB) não é de hoje, trata-se de um hábito que já foi cultivado entre dois ex-ministros da Defesa do Governo atual, pelo próprio ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e até pelo filho de Bolsonaro, Jair Renan. A prática indevida acontece desde 2019. 

Para poder usar o avião, Garnier disse à FAB se tratar de uma viagem a trabalho; ele levou a mãe e a esposa para passear no avião durante o natal.

Valter Campanato/Agência Brasil

Para fazer parte “do time”, temos agora a presença do comandante da Marinha, o almirante de esquadra Almir Garnier Santos que levou a mãe e a esposa em um passeio de avião da FAB para curtir as festas do último natal no Rio de Janeiro. 

O que Garnier fez nessa viagem? 

Para poder usar o avião, Garnier disse à FAB que se tratava de uma viagem a trabalho, mas o comandante só teve agendas no Rio de Janeiro três dias depois de chegar à cidade. 

Os dois compromissos oficiais ocorreram na tarde de 27 de dezembro: uma reunião com Edésio Lima Junior, presidente da Emgepron (Empresa Gerencial de Projetos Navais), estatal ligada à Marinha na qual trabalha o filho de Garnier, e outra com o vice-almirante José Renato de Oliveira. 

Ao retornar à Brasília (DF), uma surpresa: Garnier deu “carona” para o filho do major-brigadeiro Fernando César da Costa e Silva Braga. 

Marinha negou acesso à lista de passageiros 

A lista de passageiros do voo foi obtida pela Folha de S. Paulo depois de pedido de Lei de Acesso à Informação. A Marinha negou o pedido em três ocasiões. Na última recusa, feita pelo próprio comandante, Garnier alegou que não divulgaria os nomes para "preservar a imagem e a honra dos tripulantes". 

Depois disso, a CGU (Controladoria-Geral da União) determinou que a Marinha informasse o nome dos passageiros. A Força recorreu da decisão, mas não conseguiu mudar o entendimento do órgão de controle. 

A utilização da aeronave da FAB pelo comandante para passar o Natal no Rio de Janeiro foi revelada pelo site Metrópoles em janeiro. Mas não se sabia, na ocasião, que o militar havia dado carona para parentes. 

Procurada, a Marinha não respondeu aos questionamentos da reportagem sobre as razões da presença de familiares do comandante no voo. A Força tampouco justificou a ida de Garnier ao Rio três dias antes da primeira agenda oficial. 

A FAB não respondeu a perguntas sobre a presença do filho de um oficial no voo de volta. 

Com informações de LUCAS MARCHESINI/Folha de São Paulo

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