O número de pessoas que morreram em meio às fortes chuvas que atingem Pernambuco, desde a última
quarta-feira (23), subiu para 100. A lista com a quantidade de óbitos foi
atualizada nesta terça-feira (31) pelo governo pernambucano. As equipes ainda
buscam 16 desaparecidos, e, segundo o governo, cerca de 5 mil pessoas estão
desabrigadas ou desalojadas.
Bairro de Jardim Monteverde, região limítrofe entre Recife e Jaboatão dos Guararapes, atingido pelas fortes chuvas na Região Metropolitana do Recife
CLAUBER CLEBER CAETANO/PR - 30.05.2022 |
No momento, as buscas se concentram na localização
das 16 vítimas, sendo 14 por soterramento em áreas da Vila dos Milagres, Jardim
Monteverde, Curado IV e Areeiro; e outras duas pessoas teriam sido levadas
pelas enxurradas, uma em Jaboatão Centro e outra em Paratibe (Paulista),
todas no Grande Recife.
O governo chegou ao número de mortos após cruzar dados das
ocorrências registradas, resgates feitos nas áreas afetadas, perícias no IML e
relatos de familiares aos serviços de defesa civil e assistência social.
Áreas atingidas pelas fortes chuvas em Recife
CLAUBER CLEBER CAETANO/PR - 30.05.2022“Estamos levando em consideração, para as buscas,
todos os casos em que há algum relato de desaparecido. Há 14 casos confirmados,
com nomes já identificados, depoimentos de parentes, e outros dois em que algum
morador apontou a ausência ou cujo relato está impreciso, mas que também são
objeto de atenção", pontuou o secretário de Defesa Social, Humberto
Freire.
Segundo ele, 436 profissionais, entre bombeiros de
Pernambuco e de forças de segurança de outros estados, estão trabalhando nas
buscas.
Até o momento, 14 municípios decretaram situação de emergência:
Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes, São José da Coroa Grande, Moreno,
Nazaré, Macaparana, Cabo de Santo Agostinho, São Vicente Ferrer, Paudalho,
Paulista, Goiana, Timbaúba e Camaragibe.
Uma portaria publicada pela AGU (Advocacia-Geral da União) nesta terça-feira (31) determinou que as atividades de consultoria e
assessoramento jurídicos relacionados às enchentes em Pernambuco e Alagoas
sejam tratadas com urgência. O documento foi publicado no DOU (Diário Oficial
da União).
Na prática, todos os processos licitatórios que
envolvem as chuvas deverão ter conclusão em até 72 horas, e a dispensa ou
inexigibilidade de licitação precisam ser respondidas em até 48 horas. Para
isso, os gabinetes do consultor-geral da União, do procurador-geral da União e
do procurador-geral federal estarão em regime de plantão. A alta prioridade só
não prevalece sobre as demandas que tenham relação com o enfrentamento da
Covid-19.
R7
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