As matrizes tradicionais do forró podem se tornar patrimônio cultural do Brasil nesta quinta-feira (9). A decisão ocorrerá na 99ª reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, que será transmitida pelo canal do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no You Tube.
O pedido de registro para tornar o forró patrimônio cultural foi feito
em 2011 pela Associação Cultural Balaio do Nordeste, do estado da Paraíba. Nos
últimos dez anos, em parceria com comunidades detentoras, foi realizada a descrição
detalhada das matrizes tradicionais com registro documental e audiovisual.
Conselho
O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural é formado por
representantes de instituições públicas, privadas e da sociedade civil. A
coordenação fica a cargo da presidente do Iphan, Larissa Peixoto.
O conselho deve examinar, apreciar e decidir sobre questões relacionadas
a tombamento e rerratificação de tombamento de bens culturais de natureza
material, assim como registro e reavaliação de registro de bens culturais de
natureza imaterial. O órgão também é responsável por decidir sobre a saída
temporária do país de bens acautelados pela União, além de outras questões
relativas ao patrimônio cultural.
Viola de cocho
Na mesma reunião será avaliada a revalidação do reconhecimento de
patrimônio cultural do Modo de Fazer Viola de Cocho, típica de Mato Grosso e
Mato Grosso do Sul, e da Cachoeira de Iauaretê, lugar sagrado dos povos
indígenas dos rios Uaupés e Papuri, no Amazonas.
Para a revalidação, as comunidades detentoras dos bens culturais
colaboraram com pareceres, e os documentos passaram por consulta pública para
ampla contribuição da sociedade.
“Em regra, a revalidação de bens culturais deve ser realizada pelo menos
a cada dez anos. A iniciativa tem como finalidade atualizar informações sobre o
bem cultural, avaliar a efetividade das ações de apoio e fomento, conhecer
mudanças nos sentidos e significados atribuídos ao bem, entre outras questões
que contribuem para a continuidade da salvaguarda desses patrimônios”, diz nota
do Iphan.
* Com informações do Iphan
Foto: © Andréa Rêgo Barros/PCR / Fonte: Agência Brasil
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