Considerado como um inimigo silencioso, o colesterol alto, geralmente, não apresenta sintomas evidentes. Muitas vezes, a condição só é identificada tardiamente, quando o paciente sofre um acidente vascular cerebral (AVC) ou um infarto.
Em
alguns casos, entretanto, há sinais de que os níveis de LDL estão altos e o
problema está instalado. O cardiologista José Francisco Kerr Saraiva, da
Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), explica que os xantelasmas e
xantomas – pequenas bolinhas de gordura que aparecem na pele são um deles.
“Eles
aparecem nos joelhos, coxas, glúteos e, principalmente, nas pálpebras”, afirma.
“Devem ser encarados com preocupação pois, nestes casos, o nível de colesterol
ruim no sangue já é alto”, explica.
Outros
sinais seriam dores nos dedos dos pés e das mãos, provocados por depósitos de
gordura nos vasos sanguíneos que ficam nas extremidades do corpo. A barriga
inchada, quando não há uma outra razão associada, também pode ser um sinal de
que os níveis de colesterol ruim estão altos no corpo.
O
excesso de LDL no organismo forma placas de gordura nas artérias, que
dificultam o fluxo sanguíneo ou, até mesmo, obstruem a passagem do sangue.
Quando há interrupções, a consequência pode ser um infarto ou um AVC.
O
colesterol alterado pode ocasionar:
•
Infarto;
•
Acidente Vascular Cerebral (AVC)
•
Complicações renais;
•
Síndrome coronariana aguda;
•
Angina;
•
Trombose.
Fatores
de Risco
O
colesterol alto no sangue pode ter várias causas. “Pode haver fatores genéticos
relacionados; patologias, como síndromes nefrótica e metabólica,
hipotireoidismo e diabetes; ou ser decorrente de maus hábitos de alimentação”,
afirma o cardiologista Lázaro Fernandes, da Fundação Hospitalar do Distrito
Federal.
O uso
de corticoides e anabolizantes também pode provocar o colesterol ruim. Para o
diagnóstico de colesterol, é fundamental que se faça exames de sangue
periodicamente.
Além
dessas circunstâncias, outros fatores de risco para desenvolver o problema são:
•
Obesidade;
•
Idade;
•
Sedentarismo;
•
Excesso do consumo de bebidas alcoólicas;
•
Menopausa e
•
Tabagismo.
Principais
tipos de colesterol
Existem
três tipos de colesterol no nosso organismo: HDL, LDL e VLDL. Vale ressaltar
que nem todos são ruins:
HDL
(High-density lipoprotein): Conhecida como colesterol bom, responsável por
tirar o colesterol do sangue e levá-lo até o fígado para excreção.
LDL
(Low-density lipoprotein): O LDL é o famoso colesterol ruim. Ele se acumula
mais facilmente nas artérias e forma placas ateroscleróticas, as quais
dificultam a passagem de sangue.
VLDL
(Very low-density lipoprotein): Possui a função de levar colesterol e
triglicerídeos para os órgãos e tecidos. Ao liberar os triglicerídeos, essa
molécula transforma-se em LDL.
Segundo
o cardiologista José Saraiva, é comprovado que quanto mais colesterol bom no
organismo, melhor. Já quanto mais alto estiver o LDL, mais riscos para a saúde.
Tratamentos
“O
tratamento para casos de colesterol alto passa por diagnósticos laboratoriais.
Em seguida, devem ser adotados hábitos saudáveis, como uma dieta rica em
frutas, verduras, legumes e grãos, além da prática de exercícios físicos
diários”, orienta o cardiologista Lázaro Fernandes.
O
abandono de eventuais vícios, como o consumo de álcool e tabaco, também é
indicado. Se necessário, o médico também prescreve medicamentos para reduzir o
colesterol ruim.
Do
Metrópoles
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