O trabalho escravo é uma das atividades mais desumanas que ainda existem na atualidade. Em países como o Brasil, onde a desigualdade é grande, chega a ser frequente, principalmente no campo, pessoas que trabalham em regime análogo à escravidão. Para tentar erradicar, os governantes brasileiros podem contar com leis que visam o combate à essa prática.
Presidente falou durante evento organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Nesta terça-feira (7), o presidente Jair Bolsonaro criticou o combate ao trabalho escravo pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). Segundo Bolsonaro, as normas que tem o objetivo de evitar acidentes de trabalho, atrapalham a vida do empresariado. As informações são do portal Metrópoles.
O presidente falou durante um evento
organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). “Olha as normas
regulamentadoras, como era difícil ser um grande empresário, empregador, com
aquelas NRs. O Marinho (Rogério Marinho, ministro do Desenvolvimento Regional)
fez um limpa naquilo. A altura da pia, maciez do papel higiênico, tudo isso era
motivo de multa. Ele (Marinho) acabou com milhares de itens que atrapalhavam a
vida de vocês”, disse Bolsonaro à plateia composta por empresários e
integrantes do governo.
Sem dar mais detalhes, o presidente ainda
atacou uma operação do MPT no Ceará. Bolsonaro falou que recebeu um telefonema
no Palácio do Planalto do fazendeiro multado por expor trabalhadores ao
trabalho escravo.
O presidente afirmou que os trabalhadores
dessa propriedade não tinham banheiro, dormitório ou local adequado para comer.
“Há pouco, um telefonema do interior do
Ceará. Um cabra que ligou para alguém da Presidência, passou o telefone para
mim: ‘Acabei de ser multado aqui, eu estava com meu pessoal colhendo folha de
carnaúba. Chegou o MP do Trabalho e largou meia dúzia de multas em cima de
mim”, disse o presidente relembrando a conversa com o infrator.
“Multou por quê? Porque não tenho banheiro
químico. Eu estou a 45 graus e obviamente não tenho banheiro químico. O cara
vai deixar de colher a folha ali, andar 500 metros, fazer um xixi e voltar?
Meteram a caneta no cara. Também uma mesinha feita de forma rústica, com
madeira da região, para servir o almoço. Não estava adequada aquela mesa.
Também a questão do dormitório, o pessoal dormia em uma barraca. Multa em cima
dele”, disse o chefe do Executivo.
“Aqui não tem ninguém com idade de ficar
ouvindo conversinha quando tinha 14, 15 anos de idade quando estava apaixonado
pela coleguinha da escola, ou pelo coleguinha da escola, né, quem for mulher.
Se bem que hoje está um vale tudo terrível aí, né? Mas tudo bem”, finalizou
Bolsonaro, em tom homofóbico.
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