A 18ª edição da romaria em homenagem à Menina Benigna teve início na sexta-feira (15) e vai até o próximo domingo (24), em Santana do Cariri (a 596 km de Fortaleza). Com o tema “Com Benigna em romaria: rumo à graça da beatificação”, o evento relembra o martírio da jovem que foi vítima de feminicídio aos 13 anos.
As relíquias que serão distribuídas são pedaços de
tecido que tiveram contato com os restos mortais de Benigna e se classificam
como relíquias de terceiro grau. A Igreja Católica permite o feito por se
tratar de uma lembrança que remete à uma vida de santidade e serviço a Deus. A
entrega foi feita a todos que estiverem presentes na Paróquia Senhora Sant’Ana
nesta quinta (21). Na ocasião, também foi lacrado o relicário oficial que será
usado na cerimônia de beatificação.
Autorizada pelo Papa Francisco em 2019, a
beatificação estava prevista para acontecer em outubro do ano passado, mas em
decorrência da pandemia foi adiada. Em entrevista a uma rádio local, o padre
José Vicente, administrador da Diocese do Crato, revelou que três datas são
cogitadas para a realização da cerimônia. Datas essas que se referem ao
nascimento (15/10), batismo (21/10) e martírio (24/10) da Menina Benigna.
“Com toda segurança, em 2021 não será possível.
Acreditamos que nosso pedido será acatado pela Santa Sé e em outubro do ano que
vem poderemos contar com essa celebração, que vai declarar beata a Menina
Benigna”, afirma José Vicente.
Benigna Cardoso da Silva é considerada referência
de castidade após ter sido assassinada por se recusar a ter relações sexuais
com um homem que a interceptou no distrito de Inhumas, em Santana do Cariri,
onde morava. Os moradores da região são devotos da Menina e contam com sua intercessão,
embora ela ainda não tenha sido canonizada.
No dia 22 de setembro, a Diocese do Crato se reuniu
com o Governo Municipal para dar os primeiros passos na construção do Museu de
Benigna. A ideia é que o museu componha o ciclo turístico do romeiro que visita
o município através da futura Beata.
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