A identificação de um foco de peste suína clássica em uma criação de subsistência em Marco tem causado apreensão nos moradores do município e de cidades vizinhas sobre a doença, que apresenta elevada taxa de contaminação entre animais; no entanto, ela não causa riscos à saúde humana.
“Vale ressaltar que a
PSC [peste suína clássica] não traz riscos à saúde humana e nem à de demais
espécies de animais domésticos”, explica o diretor de Inspeção e Fiscalização
da Agência, Amorim Sobreira.
O foco na cidade
cearense foi notificado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa) a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), que divulgou
um comunicado oficial sobre o ocorrido na segunda-feira (11). O caso foi
identificado durante uma ação de vigilância epidemiológica de rotina, realizada
pelos fiscais médicos-veterinários da Agência de Defesa Agropecuária do Ceará
(Adagri).
A peste suína é uma
doença viral que é, com frequência, mortal aos suínos e javalis. Ela pode
ocorrer na forma clássica ou africana.
A peste suína clássica
(PSC), registrada no Ceará, também é conhecida como febre ou cólera suína e
afeta suínos domésticos e selvagens. A doença é causada por um vírus.
A peste suína africana é
causada por um outro vírus. Assim como na clássica, esses microrganismos não
infectam seres humanos, afetando insetos e suínos.
O vírus é encontrado nas
secreções e excreções do animal infectado e pode ser transmitido pelas vias
direta (contato entre animais, aerossóis e suas secreções e excreções, sangue e
sêmen) ou indireta (água, alimentos, fômites, trânsito de pessoas,
equipamentos, materiais, veículos, vestuários, produtos, alimentos de origem
animal), entrando no organismo por via oral ou nasal.
Principais
sintomas da peste suína:
·
apatia,
·
perda de apetite,
·
febre (41°C) com amontoamento dos animais,
·
incoordenação motora,
·
ataxia,
·
diarreia,
·
conjuntivite,
·
petéquias (pontos hemorrágicos),
·
cianose da pele
·
alta mortalidade em animais jovens.
Diagnóstico
Ambas as doenças são
clinicamente semelhantes. Portanto, é preciso fazer um diagnóstico laboratorial
para diferenciá-las.
O que
fazer em casos de animais com suspeita de peste suína?
Se for identificado um
caso ou suspeita da doença, é necessário que as autoridades sejam notificadas.
Essa informação deve ser repassada ao Órgão Estadual de Saúde Animal ou à
Superintendência Federal de Agricultura em cada estado.
O site do Ministério da
Agricultura disponibiliza contatos para notificação dos casos de peste suína em
cada estado. No link, clique no ícone de cada estado para ver o número de
contato.
No Ceará, a Adagri
recebe comunicados pelo telefone 0800-280-0410 ou na própria agência, no Bairro
Edson Queiroz, em Fortaleza, ou em um dos 40 escritórios da Agência,
distribuídos por todo o Ceará.
Zonas
livres
O Ceará não faz parte
das zonas livres de preste suína clássica no Brasil, que é composta por 15
estados e pelo Distrito Federal. Estes locais não registram casos da doença
desde janeiro de 1998. São eles: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná,
Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Rio de Janeiro,
Espírito Santo, Bahia, Sergipe, Tocantins, Rondônia e Acre.
O último caso de peste
suína clássica no país ocorreu em outubro de 2020, em uma criação de
subsistência no Piauí.
Por g1 CE
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