Estudantes da Escola de Ensino Fundamental e Médio Menezes Pimentel, localizada no município de Potengi, desenvolveram uma armadilha para atrair e matar mosquitos transmissores de doenças. O projeto, de nome Armel, foi desenvolvido pelos estudantes Francisco Caíque e Elizabeth Nunes e será apresentado no Ceará Científico, mostra realizada pela Secretaria da Educação do Ceará (Seduc).
A Armel, criada por estudantes, aproveita o circuito metálico da raquete que mata mosquitos e outros materiais que atraem os insetos. No primeiro teste, 18 mosquitos foram mortos em dois minutos.
Armadilha utiliza materiais que atraem os mosquitos(foto: Gustavo Simão/ Especial para O POVO |
Em entrevista ao jornalista Farias Júnior da Rádio CBN Cariri, o aluno Francisco Caíque explicou que a armadilha combate aos mosquitos com base nos comportamentos físicos e bioquímicos das espécies sugadoras de sangue pertencentes à família Culicidae, como o aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue.
“Nosso projeto foi elaborado acerca de notícias veiculadas por jornais, principalmente do jornal O POVO, que apontou um aumento de cinquenta e um por cento dos casos de dengue no ano de 2021 e também por meio da análise de boletins epidemiológicos do Ceará”, disse.
Segundo a aluna Elizabeth Nunes,
a Armel aproveita um circuito de armaduras metálicas da raquete mata mosquitos
e outros materiais que atraem os insetos. “A gente utilizou o ácido lático
contido no suor humano, que foi retirado de voluntários e destilado. Também
utilizamos comprimidos efervescentes com água na temperatura de 12ºC. Nosso
projeto tem ainda a coloração preta que acaba atraindo esses mosquitos”,
explica.
Além disso, a estudante afirma
que o objeto é de fácil reprodução e de baixo custo. “Nós gastamos em média R$
30. A diferença do nosso projeto para a raquete normal é que trocamos a fonte
da bateria para uma de 4,2 volts e uma chave para ligar/desligar, para que
fique sempre ligada”, afirma.
O projeto foi desenvolvido em
quatro dias. No primeiro teste, de acordo com Elizabeth, cerca de 18 mosquitos
foram mortos em dois minutos. Segundo os estudantes, o objeto será replicado
para utilização dos agentes de endemias nas áreas onde tem mais contaminação
pelo mosquito da dengue no município.
Fonte: O Povo.
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