Em 11 de setembro de 2001 eu coordenava a comunicação do Fórum Contra a Venda da Copel –a Companhia Paranaense de Energia, que era objeto de desejo de especuladores estrangeiros e vontade do então governo Jair Lerner de privatizar. O criminoso ataque às Torres Gêmeas no World Trade Center inviabilizou a martelada que entregaria –sabe-se lá para quem– a estratégica energética construída em 1954 no governo Bento Munhoz da Rocha Netto.
Além desse horrendo ataque em Nova York, havia 429
entidades da sociedade civil mobilizadas no estado e que saíram às ruas de
todos os municípios paranaenses contra a privatização. Também existia uma
combativa oposição na Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) e uma rara
unidade entre os três senadores da época (Alvaro Dias, Roberto Requião e Osmar
Dias).
A população era contrária à venda da Copel pelo
simples fato que o Brasil vivia o risco de apagão, na era FHC, e se assustou
com o colapso energético da Califórnia, nos Estados Unidos, deixando o estado
americano mais rico às escuras. Qualquer semelhança com o momento atual, de
Jair Bolsonaro, não é mera coincidência: eles desinvestiram, sucatearam
estatais brasileiras para vender esses ativos a preço de banana ou mesmo doar
empresas públicas.
Contextualizado isso, os 20 anos dos ataques de 11
de setembro serão lembrados hoje com cerimônias em Lower Manhattan, no
Pentágono e em Shanksville, Pensilvânia.
Há duas décadas atrás, o presidente era George W.
Bush. Ele se preparava para ler um livro para crianças do ensino fundamental em
Sarasota, Flórida, quando foi informado de que um segundo avião havia colidido
com o World Trade Center e que a América estava sob ataque terrorista.
O voo 175 da United Airlines atingiu a Torre Sul do
World Trade Center. Todos a bordo, junto com um número desconhecido de pessoas
na torre, foram mortos.
As autoridades ordenaram a evacuação de ambas as
torres. Um minuto depois, o pedido foi expandido para incluir todos os civis no
complexo do World Trade Center.
Ao todo, 2.977 pessoas foram mortas nos ataques,
além dos 19 sequestradores dos aviões.
Ato contínuo, o saudita Osama bin Laden, líder do
grupo islamista Al-Qaeda, foi apontado como responsável pelos ataques
terroristas. Ele se refugiara no Afeganistão, sob a proteção do então regime do
Taleban, que, vinte anos depois, voltou ao poder com a retirada às pressas de
tropas americanos no último dia 31 de agosto.
Em 2 de maio de 2011, os Estados Unidos anunciavam
a morte do terrorista Osama Bin Laden no Paquistão. O presidente americano era
Barack Obama.
Os EUA e forças aliadas invadiram o Afeganistão, no
dia 7 de outubro de 2001, a pretexto de combater o Taleban.
Quanto à Copel, 20 anos depois, o atual governador
do Paraná, Ratinho junior (PSD), conseguiu iniciar a privatização da companhia.
Começou pela subsidiária Telecom, que fornece serviços de internet por fibra
óptica. O desmonte da estratégica energética continua, apesar do iminente
apagão que ronda o País.
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