O presidente Jair Bolsonaro fez um pronunciamento em rede nacional, na noite desta terça-feira (23/3), e garantiu que o país terá mais de 500 milhões de doses de vacinas contra o novo coronavírus até o fim de 2021. "Quero tranquilizar o povo brasileiro e afirmar que as vacinas estão garantidas. Estamos fazendo e vamos fazer de 2021 o ano da vacinação dos brasileiros. Somos incansáveis na luta contra o coronavírus. Essa é a missão e vamos cumpri-la", declarou o presidente.
Desde
o início da pandemia, Bolsonaro duvidou da capacidade dos imunizantes em conter
o novo coronavírus e incentivou o uso de medicamentos sem comprovação
científica como tratamento à covid-19. Além disso, o mandatário atrasou a
conclusão de acordos para a aquisição de vacinas. No ano passado, por exemplo,
disse que não compraria a CoronaVac, produzida pela farmacêutica Sinovac com o
Instituto Butantan, devido à rivalidade que tem com o governador de São Paulo,
João Doria (PSDB).
No
pronunciamento desta noite, contudo, o presidente defendeu a importância da
vacinação e disse que o governo não poupou esforços para garantir a aquisição
de imunizantes. "Sempre afirmei que adotaríamos qualquer vacina, desde que
aprovada pela Anvisa. E assim foi feito."
Ele
citou os acordos assinados, neste mês, com Pfizer e Janssen, que devem garantir
mais 138 milhões de doses em 2021. Bolsonaro afirmou que "intercedeu
pessoalmente" para firmar os contratos. No entanto, em janeiro deste ano,
o governo criticou a proposta oferecida pela Pfizer, reclamando que a empresa
"tenta desconstruir trabalho de imunização no Brasil".
O
mandatário também destacou que o Brasil deve intensificar a produção de
imunizantes em solo nacional e que "muito em breve, retomaremos nossa vida
normal". "Hoje, somos produtores de vacina em território nacional.
Mais do que isso, fabricaremos o próprio insumo farmacêutico ativo, que é a
matéria-prima necessária. Em poucos meses, seremos autossuficientes na produção
de vacinas."
Bolsonaro
disse não saber "por quanto tempo teremos que enfrentar essa doença",
mas frisou que "a produção nacional vai garantir que possamos vacinar os
brasileiros todos os anos, independentemente das variantes que possam
surgir".
O
presidente ressaltou que o Brasil é o quinto país que mais vacinou pessoas
contra a covid-19 no mundo, baseando-se apenas no número total de imunizantes
aplicados e não na quantidade proporcional à população da nação, e que isso
aconteceu "graças às ações que tomamos logo no início da pandemia".
"Temos mais de 14 milhões de vacinados e mais de 32 milhões de doses de
vacina distribuídas para todos os estados da Federação."
O
mandatário finalizou o pronunciamento se solidarizando com as vítimas da
pandemia. "Solidarizo-me com todos aqueles que tiveram perdas em suas
famílias. Que Deus conforte seus corações."
Com
informações portal Correio Braziliense
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