Em meio a um cenário de agravamento da pandemia no Ceará, o governador Camilo Santana (PT) anunciou ontem (21/02) a abertura de mais de mil leitos de enfermaria e Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) exclusivos para Covid-19 até o fim de março. “Temos feito todos os esforços possíveis para acolher e proteger nossos irmãos e irmãs cearenses. Mas reforço que a abertura de leitos tem um limite”, alertou Camilo nas redes sociais.
Segundo a Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa), 464 desses
leitos serão de UTI, dos quais 316 destinam-se a Fortaleza. A ampliação é uma
resposta à alta taxa de ocupação de UTIs no Estado: no domingo, ela alcançou o
valor de 91,08%. Na sexta-feira, 19, a taxa era de 89,09%. Os dados são da
plataforma IntegraSUS, atualizada às 18h05 de ontem.
A
prioridade de equipamentos para a Capital reflete a distribuição de lotações
máximas entre as unidades de saúde. Das 62 que estão atendendo pacientes com
Covid-19, 13 já alcançaram 100% de ocupação na UTI; nove delas são de
Fortaleza. Ainda, três delas - os hospitais São Carlos, São Vicente e
Uniclinic, todos na Capital - enfrentam ocupação máxima de UTIs e enfermarias.
Há
ainda os hospitais que estão se aproximando do limite no Município. Cinco
unidades de saúde já ultrapassaram os 90% de ocupação de UTIs: o Hospital Geral
De Fortaleza (HGF), o Hospital Infantil Albert Sabin (Hias), o Hospital
Leonardo Da Vinci (HLV), o Hospital Antônio Prudente e o Hospital Regional Unimed.
Com
a ampliação até 31 de março, Fortaleza deve totalizar 658 leitos de UTI e 858
de enfermaria. Mas enquanto a abertura não chega, o Governo do Ceará recorreu
aos equipamentos do Hapvida. Desde sábado, 20, o Estado ocupa 200 leitos de UTI
e enfermaria do hospital privado. A princípio, os leitos estão cedidos durante
30 dias e o valor de indenização pelo poder público para o Hapvida será apurado
após o uso das instalações.
Com
informações portal O Povo Online
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