Os estudantes cearenses são os que mais realizam as atividades escolares que recebem: 90,7% de seis a nove anos; 89% de 10 a 14 anos e 88,8% e 15 a 18 anos. Um total de 90,2% dos alunos matriculados no mês de setembro no Ceará recebeu atividades escolares e 6,7% nenhuma. A taxa de frequência escolar (julho a setembro de 2020), na faixa etária de 6 a 9 anos de idade, tem permanecido praticamente estável no Brasil e no Nordeste, nos meses analisados, cerca de 95% e 96%, respectivamente.
O Ceará apresenta uma variação positiva, sendo a maior entre as regiões
analisadas, saindo de 94,32%, em julho, para 95,39%, em setembro. Já com alunos
com idades entre 10 e 14 anos, no Ceará houve uma variação positiva de 1,57
pontos percentuais (p.p.) entre julho e setembro, chegando à taxa de frequência
de 96,64%.
Os números e muitos outros estão no Ipece/Informe (nº 185/Dezembro/2020)
– Efeito da Covid-19 sobre a frequência escolar no Ceará, publicado pelo
Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).
O estudo analisa o comportando dos indicadores de frequência e a
realização de atividades escolares da população em idade escolar no Ceará por
meio dos dados disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), realizados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
(PNAD Covid-19).
O trabalho contribui para o entendimento dos potenciais efeitos da
pandemia sobre a educação no Ceará, e para a orientação de políticas públicas
educacionais no período pós-pandemia. A frequência escolar não se refere à
frequência presencial nas instituições de ensino, mas a alunos que estão
matriculados e que de algum modo estão vinculado às redes de ensino.
Na faixa etária de 15 a 18 anos de idade, a frequência escolar chegou a
84,39% no Brasil e 84% no Nordeste no mês de setembro, com variações de 2,95 e
2,65 p. p., respectivamente, em relação ao mês de julho. No Ceará, 77,85% dos
adolescentes estavam matriculados ou de alguma forma ligados a alguma
instituição escolar, em setembro.
Considerando o período de análise, nota-se uma variação positiva de 1,57
pontos percentuais, inferior as das demais regiões analisadas. Da mesma forma,
em setembro, se observou, na faixa etária de 19 a 29 anos de idade, que 22,21%
dos jovens cearenses estavam matriculados em alguma instituição de ensino.
Rendimentos
Já por faixa de rendimentos domiciliar per capita, aqueles que residem
em domicílios com rendimentos superiores a quatro salários mínimos são os que
possuem maior taxa de frequência escolar, mas o trabalho também constata que
aqueles que residem em domicílios com menores rendimentos (menos de ½ salário
mínimo) possuem frequência superior aos de domicílios com rendimentos na faixa
de ½ salário mínimo a menos 2 salários mínimos.
“Visto que esse grupo socioeconômico é público alvo de programas
assistenciais e da educação pública no Ceará, é fundamental uma maior atenção
dos gestores públicos no atendimento de suas demandas no período pós-pandemia.
Caso contrário, há um risco de ampliação do diferencial educacional entre ricos
e pobres no Ceará por conta da pandemia do novo coronavírus”.
O estudo, que tem como autores o analista de Políticas Públicas Victor
Hugo de Oliveira Silva e a assessora Técnica Luciana de Oliveira Rodrigues, que
contaram com a colaboração do estagiário João Bosco Gurgel Filho, mostra, que
90,2% dos alunos matriculados no mês de setembro no Ceará receberam atividades
escolares e 6,7% não receberam nenhuma atividade.
Sendo que o percentual de alunos no Ceará que receberam atividades foi
relativamente superior ao observado no Brasil (84,4%) e no Nordeste (78,9%). Os
estudantes cearenses são os que mais realizam as atividades escolares que
recebem.
Do tempo dedicado às atividades escolares, no Ceará, no mês de setembro,
84,5%, 82,1% e 79,5% dos alunos de 6 a 9 anos, 10 a 14 anos e de 15 a 18 anos,
respectivamente, dedicavam mais de cinco dias da semana a atividades escolares.
E, 52,7% das crianças de 6 a 9 anos, 60,3% na faixa de 10 a 14 anos e 57,7% dos
de 15 a 18 anos dedicavam de duas a cinco horas por dia aos estudos.
Divulgação/MCTIC
Fonte: Governo do Ceará
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