o Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou, nesta terça-feira (17), por unanimidade, recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra a condenação do petista no caso do tríplex de Guarujá (SP).
Os advogados de Lula apresentaram recurso para mudar o regime inicial da pena e reduzir o valor da indenização.
EBC
Os advogados do petista
apresentaram um recurso ao tribunal para mudar o regime inicial da pena e para
reduzir o valor da indenização. Alegaram obscuridades no acórdão da 5ª Turma,
colegiado encarregado de analisar o caso.
Votaram contra Lula os ministros
Felix Fischer, relator da matéria, João Otávio de Noronha, Reynaldo Soares da
Fonseca e Ribeiro Dantas. Joel Ilan Paciornik se declarou impedido.
Em 2016, Lula foi denunciado pela
Operação Lava Jato no Paraná sob acusação de receber propina, no valor de R$
3,7 milhões, da empreiteira OAS como parte de acertos do PT em contratos na
Petrobras.
A quantia correspondia à reserva
de um apartamento tríplex em Guarujá, benfeitorias nesse imóvel e em serviços
de armazenamento e transporte de um acervo do ex-presidente.
Em julho de 2017, o então juiz
Sergio Moro absolveu Lula na parte relacionada ao acervo, mas o considerou
culpado de crimes de corrupção passiva e lavagem referentes a R$ 2,4 milhões
relacionados ao tríplex.
O juiz ordenou pena de nove anos
e seis meses de prisão, pagamento de multa de R$ 670 mil, impedimento de ocupar
cargos e funções públicas por sete anos e pagamento de indenização de ao menos
R$ 16 milhões.
Em janeiro de 2018, o TRF-4
(Tribunal Regional Federal da 4ª Região) aumentou a pena para 12 anos e um mês
de detenção. Em abril do mesmo ano, Lula foi preso. A pena foi definida pelo
STJ em 8 anos, 10 meses e 20 dias.
Lula ficou preso um ano e sete
meses, mas foi solto em novembro de 2019, depois que o STF (Supremo Tribunal
Federal) voltou a barrar a prisão após condenação em segunda instância antes de
esgotados todos os recursos.
FOLHAPRESS
0 Comentários