Os testes com o Elmo, capacete de respiração assistida para tratar pacientes com quadro leve ou moderado de Covid-19, animaram os pesquisadores. Conforme observado, 60% dos pacientes que usaram o equipamento não precisaram ser intubados.
Um dos objetivos do dispositivo é prevenir intervenções mais drásticas,
como intubação, e evitar que o paciente seja encaminhado para um leito de UTI,
o que foi bem observado no quadro de seis de 10 voluntários.
“Os testes com o Elmo mostraram que ele funciona para o que ele se
propõe que é oferecer oxigênio, oferecer uma pressão ao redor da face do
paciente, que auxilia a respiração, com isso melhora a capacidade respiratória
e a ajuda a prevenir que o paciente precise de uma intubação e de um leito de
UTI, por exemplo, com respirador”, informa o superintendente da Escola de Saúde
Pública do Ceará (ESP/CE) e idealizador do dispositivo, Marcelo Alcântara.
A ideia de criar o aparelho surgiu há cerca de oito meses, quando a
pandemia estava no auge no Ceará.
A iniciativa uniu seis entidades para seu desenvolvimento: ESP/CE e
Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(Funcap), Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Serviço Nacional
de Aprendizagem Industrial (Senai/Ceará), Universidade Federal do Ceará (UFC) e
Universidade de Fortaleza (Unifor).
Os testes contemplaram 10 pacientes internados no Hospital Leonardo da
Vinci, que foi completamente designado ao tratamento de Covid-19 em Fortaleza.
“Não eram pacientes com quadro leve, eram pacientes com quadro moderado a
grave, mas que tinham condições de usar o Elmo. O resultado foi excelente
porque todos melhoram em algum grau a oxigenação e seis desses pacientes não
precisaram ser entubados, o que é bastante significativo”, afirma o idealizador.
“Você usa durante uma, duas horas, para um pouco e coloca outro
dispositivo para descansar do uso do aparelho. Depois reinstala o Elmo,
conforme a evolução do paciente”, explica Marcelo.
Com o fim da fase de testes, o Elmo será submetido a uma avaliação de
sua eficácia no tratamento de pacientes com insuficiência respiratória causada
pelo coronavírus e outras doenças, como pneumonia e edema agudo de pulmão. A
Esmaltec foi a empresa escolhida para fabricar o capacete após a etapa final.
Foto: Camila Lima
Fonte: Portal G1 CE
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