O segundo turno em Fortaleza quebra uma regra de eleições municipais: por lá, questões nacionais tomaram o protagonismo e deixaram os dilemas da cidade de escanteio em 2020. O candidato José Sarto (PDT), afilhado político de Ciro Gomes e líder das pesquisas, conseguiu reunir forças em nome do que chama de união contra o bolsonarismo. E, assim, isolou seu rival, Capitão Wagner (Pros), candidato com o apoio do presidente Bolsonaro.
air Bolsonaro.
Sarto (PDT) e Capitão Wagner (PROS), candidatos à prefeitura de Fortaleza em 2020Imagem: Reprodução/FacebookWagner até
tentou se descolar da pecha de "candidato de Bolsonaro", ciente do
fraco desempenho do chefe do Planalto como cabo eleitoral. O coordenador de
campanha, senador Eduardo Girão (Podemos-CE), disse na reta final que Wagner
não era bolsonarista e votava, por vezes, contra o governo enquanto deputado
federal. Não adiantou. O fato de o presidente pedir votos para o Capitão em suas
"lives eleitorais", tentando frear o capital político de Ciro de olho
em 2022, foi a senha para Sarto amalgamar os vencidos no primeiro turno.
UOL
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