O número de desempregados chegou a 14 milhões de pessoas na quarta semana de setembro, ficando estatisticamente estável em relação à semana anterior (13,3 milhões). Com isso, a taxa de desocupação (14,4%) ficou estável em relação à semana anterior (13,7%) e cresceu frente à primeira semana de maio (10,5%), quando o levantamento foi iniciado.
Os dados constam da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad)
Covid-19, divulgada hoje (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). Esta é a última divulgação da Pnad Covid-19 semanal. A
coleta de dados por telefone continuará para subsidiar as edições mensais da
pesquisa, que devem continuar até o fim do ano.
“Embora as
informações sobre a desocupação tenham ficado estáveis na comparação semanal,
elas sugerem que mais pessoas estejam pressionando o mercado em busca de
trabalho, em meio à flexibilização das medidas de distanciamento social e à
retomada das atividades econômicas”, disse, em nota, a coordenadora da
pesquisa, Maria Lucia Vieira.
A população ocupada
ficou em 83 milhões, estatisticamente estável na comparação com a terceira
semana de setembro. “Vínhamos observando, nas últimas quatro semanas, variações
positivas, embora não significativas da população ocupada. Na quarta semana de
setembro, a variação foi negativa, mas sem qualquer efeito na taxa de
desocupação”, afirmou a pesquisadora.
Flexibilização do distanciamento
Maria Lucia também
destacou que a flexibilização das pessoas quanto ao distanciamento social
continuou aumentando no fim de setembro. O grupo de pessoas que ficou
rigorosamente isolado (31,6 milhões) diminuiu em 2,2 milhões, na comparação com
a semana anterior.
Também aumentou o
número pessoas que não tomaram qualquer medida de restrição para evitar o
contágio pelo novo coronavírus. Esse contingente cresceu 937 mil em uma semana,
chegando a 7,4 milhões.
Segundo o IBGE, a
maior parte da população (86,7 milhões) afirmou ter reduzido o contato com
outras pessoas, mas continuou saindo de casa ou recebendo visitas na quarta
semana de setembro, 1 milhão a mais na comparação com a semana anterior. Quem
ficou em casa e só saiu em caso de necessidade somou 84,6 milhões, ficando praticamente
estável em relação à semana anterior.
Estudantes
A pesquisa ainda
mostrou que, na quarta semana de setembro, dos 46,1 milhões de estudantes que
estavam matriculados em escolas e universidades, 39,2 milhões (85%) tiveram
alguma atividade. Outros 6,4 milhões (13,9%) não tiveram atividade. O restante
estava de férias (1,1%).
Segundo o levantamento, apenas 26,1 milhões (66,7%) tiveram atividades escolares durante cinco dias da semana. Outros 807 mil estudantes (2,1%) só tiveram atividades uma vez por semana.
Agência Brasil
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