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População carcerária reduz de forma acelerada e Ceará tem 22.354 pessoas privadas de liberdade

Em janeiro de 2019, quando foi criada a nova Secretaria da Administração Penitenciária, o Ceará tinha 29.985 pessoas recolhidas nas unidades prisionais do Estado, hoje são 22.354.

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A Secretaria da Administração Penitenciária, criada em janeiro de 2019, conseguiu uma redução considerável no número de pessoas privadas de liberdade. Com audiências presenciais e remotas, mutirões jurídicos, ampliação das alternativas penais e otimização do trabalho de monitoramento, o sistema prisional do Ceará conseguiu manter um cárcere menos populoso. Fechada a estatística do mês de agosto do corrente ano, a SAP contabiliza 22.354pessoas recolhidas nas unidades. Antes de 2019, o número chegava a quase 30 mil pessoas no sistema carcerário.

Atualmente no Ceará, 7.929 pessoas utilizam a tornozeleira eletrônica. A coordenadora da Célula de Monitoramento Eletrônico da SAP, Ilma Uchoa, cita a importância da tornozeleira e a fiscalização realizada. “A monitoração eletrônica de pessoas é uma importante ferramenta tanto para o cumprimento de pena como para o cumprimento das medidas cautelares. No primeiro caso ela é utilizada para a redução da população já encarcerada, onde aquele preso que já cumpriu parte de sua pena tem a oportunidade de voltar a conviver em sociedade até finalizar o tempo da pena, sendo fiscalizado 24 horas por dia. E, no segundo caso, a monitoração é utilizada para evitar a entrada no sistema penitenciário de pessoas que cometeram crimes e ainda não foram condenadas. A fiscalização é efetiva via sistema, encaminhamentos de relatórios, comunicações de violações ao poder judiciário e acompanhamento psicossocial dessas pessoas e da sua família”, explica.

A lentidão da espera dos processos também era outro entrave. Porém, foram realizados mutirões jurídicos em uma parceria inédita com a Defensoria Pública. Nos mutirões, vários processos foram resolvidos, audiências de custódias realizadas e só permanece no cárcere quem realmente precisa ficar recolhido. Foram 30.567 mil análises processuais de internos realizadas desde janeiro de 2019.

Com a pandemia do novo Coronavírus, as ações ocorrem de forma interna. Porém, não é um empecilho para se continuar com as análises, afirma a coordenadora do setor jurídico da SAP, Kallyane Pessoa. “Neste ano, os processos ocorrem através de mutirões de internos, mas todos os procedimentos são feitos e encaminhados para a Defensoria Pública. Essa medida é para analisarmos qual o direito do interno, e caso ele tenha a possibilidade de liberdade, nós realizamos a análise, encaminhados para o Deferimento e posteriormente o juíz assina o Alvará de Soltura”, explica.

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