O rompimento da tubulação da barragem de Jati, na última sexta-feira (21), inaugura novo capítulo nas discussões políticas que envolvem a Transposição do Rio São Francisco. Enquanto o Ministério do Desenvolvimento Regional e Governo do Estado trabalham para dar resolução prática ao problema que tirou dois mil jatienses de suas casas, deputados federais cearenses divergem sobre causas e dimensão do caso.
Tubulação da transposição do Rio São Francisco rompe em Jati, na região do Cariri (Reprodução).
Coordenador da bancada federal, Eduardo Bismarck
(PDT) reconhece que toda obra tenha “riscos calculáveis”, mas questiona se
houve alguma precipitação no início da operação, por fins eleitoreiros.
O rompimento do duto aconteceu um dia após a
abertura da comporta pelo ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério
Marinho. “Talvez essa pressa de querer fazer antes das eleições municipais
possa ter prejudicado a obra, mas o importante é que se corrija e que se vá
para frente”, afirmou o líder.
Já o petista José Guimarães questionou a
ausência de mais testes. “Para quê que vieram abrir, por que não fizeram os
testes antes? Por que não fizeram uma vistoria técnica antes? Abriram para
fazer média, demagogia”, disse o deputado, que criticou a tentativa do presidente
Jair Bolsonaro de ganhar capital político com a inauguração.
Sem
risco
Um dos aliados presentes durante o evento em
junho, Danilo Forte (PSDB) minimizou a relevância do problema ocorrido na
sexta. “Primeiro, não tem risco para a população. Segundo, é um problema
sanável de engenharia. E terceiro, eu conheço obra, estou no ramo há 40 anos, e
no todo a obra está muito bem feita, foi mais um problema operacional do que um
problema civil”, disse Danilo.
O parlamentar também deu destaque ao fato de que
o vazamento só afetou a operação com destino ao Rio Grande do Norte. “Não
interfere em nada na água que vai para o Castanhão”, garante. O rompimento do
duto causou pânico à população da cidade.
Fonte:
Diário do Nordeste.
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