DA AGÊNCIA MISÉRIA.
Operações deflagradas pela Polícia Civil na madrugada e manhã desta quarta-feira nos municípios de Granjeiro, Crato e Juazeiro na região do Cariri; Maracanaú e Fortaleza, na Região Metropolitana, e Salgueiro (PE), resultaram em várias prisões. São pessoas acusadas de envolvimento no assassinato do prefeito de Granjeiro, João Gregório Neto, o “João do Povo” no último dia 24 de dezembro quando este fazia cooper perto de sua casa.
Desde
o início das investigações a polícia já cumpriu e ainda cumpre 15 mandados de
busca e apreensão, 12 de prisões incluindo nove preventivas e mais três
domiciliares. Dentre os presos estão o atual prefeito, Ticiano da Fonseca
Félix, que assumiu com a morte do antecessor, o seu pai e ex-prefeito Vicente
Félix de Souza, de 60, o Vicente Tomé, um secretário municipal e o Soldado
Mayron Myrray Bezerra Aranha, de 29 anos, que seria articulador do crime. Em
Maracanaú, foi preso um irmão de Vicente no caso José Plácido da Cunha, de 53
anos.
Não
apenas em virtude da prisão, mas o pedido de afastamento do cargo do prefeito
Ticiano Tomé, se dá por conta de indícios que tivesse usando a máquina para
coagir testemunhas. Em recente entrevista, o Delegado Regional de Polícia Civil
de Crato, Luiz Eduardo da Costa Santos, comentou sobre esforços de envolvidos
no crime no sentido de destruir provas. Existem, também, informações que
apontam na direção de ameaças contra testemunhas.
Na
última quinta-feira (9) a Polícia Civil já tinha prendido Wylliano Ferreira da
Silva, de 30 anos, numa casa no bairro Muriti em Crato. Contra ele, foi
cumprido um Mandado de Prisão Temporária e o mesmo é acusado ainda de crimes de
receptação e estelionato. A polícia já tinha apreendido veículos utilizados no
crime com toda uma conotação de pistolagem por motivação política. Inclusive, o
ex-prefeito Vicente Tomé já usava tornozeleira eletrônica.
Desde
o início das investigações muitos aparelhos celulares apreendidos vem sendo
averiguados e a polícia requereu, igualmente, quebra de sigilos. Nos dias 16 e
28 de janeiro, em ações no Piauí e Maranhão, três homens foram presos os quais
teriam ligação com o veículo usado na morte do prefeito João do Povo que foi
apreendido. Em março a polícia já tinha prendido, temporariamente, Plácido da
Cunha em razão de ameaças realizadas pelo suspeito a testemunhas do caso, além
de outros indícios. Outro preso foi Thyago Gutthyerre Pereira Alves, de 31
anos, tido como executor.
Esse
Soldado PM Mayron tinha sido recolhido a uma cela na sede do 2º BPM de Juazeiro
no último dia 12 de maio. Ele havia lesionado com um tiro no braço Nathália
Maria da Silva, de 23 anos, residente no bairro São José em Juazeiro, cujo
crime aconteceu na manhã do dia 8 de maio perto de uma boate no Sítio Mata dos
Duda em Barbalha e ela apontou como motivo o fato de ter se recusado a fazer
sexo com o policial.
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