Em março, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que, se dependesse dele, ninguém seria solto na pandemia, e que presos estão mais protegidos na cadeia.
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"Eu, se depender de mim, não soltaria
ninguém. Afinal de contas, [os presos] estão muito mais protegidos dentro da
cadeia, porque nós proibimos as visitas íntimas, proibimos as visitas também
nos presídios, de modo que estão bem protegidos lá dentro", disse
Bolsonaro em março, durante entrevista à RedeTV.
Nessa entrevista, Bolsonaro criticava a recomendação
do Conselho Nacional de Justiça de transferir para o regime domiciliar os
presos que fazem parte do grupo de risco.
No pedido de liberdade, os advogados de
Queiroz usaram como argumento justamente o que foi apontado pelo CNJ. Eles
afirmaram que o policial militar aposentado tem câncer no cólon e recentemente
passou cirurgia de próstata.
Queiroz foi preso no dia 18 em Atibaia, no
interior de São Paulo, no âmbito da investigação sobre o esquema de
"rachadinhas" na Assembleia Legislativa do Rio. Ele estava detido em
uma cela no presídio de Bangu, no Rio.
Noronha também concedeu prisão domiciliar a
Márcia Aguiar, mulher de Queiroz, que está foragida.
O presidente do STJ atendeu a um pedido da
defesa de Queiroz. Noronha é apontado como um dos candidatos a uma vaga no
Supremo ainda no governo Bolsonaro.
Queiroz é investigado por participação em
suposto esquema de "rachadinha" na Assembleia Legislativa do Rio de
Janeiro, no gabinete do então deputado estadual e hoje senador Flávio
Bolsonaro.
A prática da "rachadinha" ocorre
quando funcionários são coagidos a devolver parte de seus salários. O filho de
Bolsonaro foi deputado estadual de fevereiro de 2003 a janeiro de 2019.
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