Com popularidade em queda, batendo recordes de rejeição, Jair Bolsonaro afirmou que não pretende "apoiar prefeito em lugar nenhum".

Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira (2)
que não pretende apoiar candidato algum nas eleições municipais marcadas para
ocorrer neste ano. Com popularidade em queda, ele afirmou que tem "muito
trabalho" em Brasília e não quer se "meter" em política.
"Não pretendo apoiar prefeito em lugar
nenhum. Não pretendo, deixar bem claro", disse Bolsonaro, na saída do
Palácio da Alvorada, a um homem que pediu apoio na disputa. "Tenho muito
trabalho aqui em Brasília para estar entrando em eleições municipais",
afirmou.
Sem partido desde o ano passado, quando
deixou o PSL, Bolsonaro tenta criar uma nova legenda, chamada Aliança pelo
Brasil, que ainda está na fase de coleta de assinaturas.
O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo
Crivella (Republicanos), é um dos candidatos que tenta contar com o apoio de
Bolsonaro. Dois dos filhos de Bolsonaro — o senador Flávio e o vereador Carlos
— filiaram-se ao partido de Crivella.
De acordo com pesquisa Datafolha, divulgada
na última quinta-feira (28), 43% dos brasileiros consideram o governo ruim ou
péssimo, um recorde negativo
da sua gestão.
Outra pesquisa, do Atlas Político, divulgada
na quarta-feira (27), apontou que
58,1% dos eleitores avaliam o governo ruim ou péssimo.
As quedas na popularidade são reflexo da
estagnação econômica (PIB cresceu apenas 1% em 2019, de acordo com dados
oficiais). Bolsonaro também está sendo investigado por tentativa de
interferência na Polícia Federal, conforme denunciou o
ex-ministro Sérgio Moro.
Outro fator que pesa sobre a rejeição de
Bolsonaro são os crimes contra a saúde pública, ao violar recomendações de
autoridades de saúde na pandemia do coronavírus.
Enquanto a Organização Mundial da Saúde (OMS)
pede que as pessoas evitem aglomerações para diminuir a propagação da Covid-19,
ele já estimulou apoiadores a irem para atos de rua, compareceu a algumas
manifestações e classificou como uma "gripezinha".
Também perguntou "e daí?" quando
o Brasil atingiu a marca dos 5 mil mortos pela doença, em abril.
Atualmente, o País é o quarto no ranking
global de óbitos provocados pelo coronavírus (30 mil) e o segundo em número de
confirmações (530 mil), atrás apenas dos Estados Unidos (1,8 milhão), apontaram
estatísticas oficiais.
Participe da campanha de
assinaturas solidárias do Brasil 247. Saiba mais.
0 Comentários