As mães menores de
idade e os pais chefes de família monoparentais devem entrar para o grupo de
brasileiros aptos a receber o auxílio emergencial de R$ 600. O ministro da
Cidadania, Onyx Lorenzoni, disse à comissão mista do Congresso Nacional
destinada a acompanhar as medidas de enfrentamento da covid-19 que a pasta
emitiu um parecer favorável ao Palácio do Planalto nesse sentido.
A proposta aguarda sanção do presidente para entrar em vigor | Reprodução |
A expectativa,
segundo Onyx, é de que o presidente Jair Bolsonaro sancione “o mais rápido
possível” a proposta aprovada pelo Congresso, sem vetos, que concede o
benefício a esses dois grupos.
Onyx esclareceu aos
parlamentares que apesar estar “no horizonte” da pasta, não há ainda nenhuma
definição sobre a possibilidade de prorrogação do auxilio emergencial, previsto
para acabar em junho.
Filas
O ministro da
Cidadania foi bastante cobrado por deputados e senadores as longas filas nas
agências da Caixa em todo país, formada por pessoas em busca do auxílio
emergencial. Segundo Onyx, as filas nas mais de 4 mil agências do banco são
“residuais”, já que ontem (7) foi concluído o pagamento dos R$ 50,5 bilhões da
primeira parcela aos beneficiários aptos a receber o crédito.
“Raríssimos lugares
no Brasil estão com filas. Eles [Caixa] estão melhorando o serviço na parceira
com os municípios. Na segunda parcela a esteira de trabalho já é mais fácil, a
metodologia é melhor, as pessoas estão mais tranquilas. Acho que teremos um
período de mais tranquilidade, se Deus quiser”, disse.
Onyx revelou uma
pareceria com os Correios, que está prestes a ser anunciada, na qual
funcionários da empresa vão ajudar pessoas a fazer ou tirar dúvidas no
cadastramento para receber o benefício, o que ele acredita que também
desafogará as agências bancárias.
O ministro lembrou
que a Caixa tem um acordo operacional com 50 bancos e que a instituição é
apenas distribuidora do recurso. De acordo com a regra para recebimento do
auxílio, quem não tem conta na Caixa, mas tem em outro banco, o dinheiro vai
para a conta da pessoa informada no seu cadastramento. “Quando ela não tem
conta em lugar nenhum, como é o caso dos invisíveis, ela faz uma conta digital
da Caixa e, por meio dela, pode mandar o dinheiro para qualquer banco em
qualquer cidade do Brasil”, disse.
Invisíveis
Onyz Lorenzoni
lembrou que quando foram feitas as primeiras projeções de quantos brasileiros
poderiam receber o auxílio, com base em estudos do Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea) e da Fundação Getulio Vargas (FGV), era em torno de
seis a oito milhões de invisíveis no Brasil. “Nós encontramos mais de 21
milhões de invisíveis. É muito maior do que a gente imaginava, e essa foi
também uma das razões para que a gente buscasse a suplementação orçamentária
que o governo fez na semana passada, para que a gente pudesse completar a
primeira parcela”, explicou.
Ainda segundo o
ministro, com os invisíveis, o Brasil terá próximo a 25 milhões de pessoas com
contas digitais. “Hoje a gente tem a conta dessa pessoa, a sua composição
familiar, a sua residência, o seu CPF. Quer dizer, são pessoas para as quais,
passado esse episódio da pandemia, nós vamos desenvolver aqui, e vamos fazer
isso junto com o Parlamento brasileiro, programas de estímulo ao
empreendedorismo, de aperfeiçoamento, de acesso ao microcrédito; [vamos] poder
chegar perto dessas pessoas para que elas possam se desenvolver”, disse.
( Agência Brasil )
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