O
vice-presidente Hamilton Mourão (PRB) disse nesta segunda-feira (27)
que o auxílio emergencial pode ser prolongado caso a crise do covid-19
continue. Segundo o vice, a manutenção da ajuda emergencial para além dos três
meses inicialmente definidos poderia ser uma forma de o governo se manter
distante de “uma ameaça à perturbação social”, como foram os protestos de 2013
no Brasil, ou a recente revolta popular no Chile.
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Mourão apontou que a
área de inteligência do governo está atenta a sinais de “perturbação social”,
que, por enquanto, em sua avaliação, ainda não existem, mas que são uma
preocupação.
“Não temos nenhum
indício de perturbação social, mas está sendo acompanhado pela área de
inteligência do governo de forma diuturna, no sentido de a gente não se deixar
surpreender por isso e, caso necessário, poderá ser mantida essa medida de
auxílio às pessoas que estão desempregadas por mais um tempo”, disse o vice, ao
participar de uma entrevista transmitida pela internet.
Na manhã desta
segunda o presidente Jair Bolsonaro disse desconhecer a hipótese. “São
três parcelas de R$ 600. Não está prevista a ampliação, até por que cada
parcela está na casa, um pouco acima, dos R$ 30 bilhões. Não está previsto isso
daí [ampliar o número de categorias atendias], se houver necessidade, e nos
convencerem, e se tiver recurso para tal a gente estuda se defere ou não”,
reforçou.
Na entrevista, o vice
ressaltou que é importante que o Estado incentive a retomada da economia por
meio obras públicas, como está proposto no programa Pró-Brasil desenvolvido
pela Casa Civil. Na entrevista, o vice ponderou que é preciso manter o
equilíbrio fiscal e aproveitou para atacar o governo da ex-presidente Dilma
Rousseff. “Precisamos nos manter dentro do limite das nossas capacidades se não
terminaremos pior que o governo Dilma”, afirmou.
Com informações do UOL
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