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Ceará precisa vencer o Flamengo hoje no Maracanã para ganhar sobrevida no Brasileirão


O momento inspira cuidados. Independentemente de adversário, a realidade do Ceará é difícil com o clube à beira da zona de rebaixamento. E se o temor do torcedor está tão forte, a única reação possível é voltar a vencer, isso para escapar do Z-4, pelo menos, na 35ª rodada. A próxima partida: Flamengo, hoje, às 21h30, no Maracanã.

Justamente o campeão brasileiro e também da Libertadores. A equipe mais letal da América do Sul e representante do continente no Mundial de Clubes. Credenciais que o tornam favorito, mas jogam a favor do Vovô, que tem nas mãos uma oportunidade de se fechar e buscar um ponto ou tentar surpreender para sair com um triunfo épico.

A indecisão tem berço no trabalho de Adilson Batista, que costuma mexer no sistema tático entre uma partida e outra. Sem o zagueiro Luiz Otávio, suspenso, o técnico ressaltou que pode entrar em campo com um trio de defensores formado por Eduardo Brock, Valdo e Tiago Alves. Dessa forma, o time seria escalado no 3-5-2, assim como foi no último Clássico-Rei. Já se o padrão for mantido, a expectativa é o 4-2-3-1 com o meia Thiago Galhardo entre os titulares. Vale ressaltar que o volante William Oliveira, em fase de transição, e o atacante Willian Popp, por opção técnica, nem sequer viajaram com a delegação para o Rio.

"Estou super feliz com o que aprendo com Jorge Jesus. Agora é um jogo. Lembro que o Ceará foi lá no ano passado, tomou um sufoco e fez um gol no finalzinho. Futebol é isto, nós vamos marcar e neutralizar independentemente (de o Flamengo) vir com um time alternativo. Tem cobrança, festa, e nós temos os nossos objetivos. Vamos fazer um jogo digno da nossa camisa", afirmou Adilson Batista.

Formação do ataque

Para se sagrar distante do Z-4, o Alvinegro de Porangabuçu necessita de uma postura mais agressiva na reta final - restando quatro partidas para o fechamento do Brasileirão: Flamengo, Athletico/PR, Corinthians e Botafogo.

A forma de atuar passa diretamente pela montagem do sistema de ataque, ou seja, principal gargalo alvinegro. Longe de qualquer receita para a vitória, o Ceará tem que adiantar as linhas de marcação e proporcionar pressão ao Rubro-Negro, que realizou apenas um treino desde o fim de semana, quando conquistou os títulos mútuos.
O momento não é para apostas, mas definições. E enfrentar um elenco ainda acometido pela ressaca e o desinteresse no torneio surge como trunfo. Assim, o Vovô terá oportunidade de explorar espaços, já que o time carioca precisará atacar por conta do embalo das arquibancadas.

A oportunidade deve ser endereçada a quem já contribuiu, caso do centroavante Bergson, que marcou três vezes sob o novo comando. O poder de fogo também está em Matheus Gonçalves, que marcou em duas oportunidades e tem velocidade para explorar as costas dos laterais, sejam ocupadas por Renê e Rodinei ou até Filipe Luís e Rafinha.

Outra arma que tem potencial pelas características de finalização é Juninho Quixadá. O atacante, que busca desencantar no Brasileirão, se recuperou fisicamente e é uma alternativa que pode decidir a partida com os arremates de longa distância, necessitando então ser utilizado mais próximo da grande área rival.

Histórico favorável

A lembrança mais recente que o torcedor alvinegro tem do Flamengo deve ser o triunfo por 3 a 0 dos cariocas em plena Arena Castelão, ainda no 1º turno. Todavia, quando se trata do Maracanã, o retrospecto traz um Ceará indigesto.

O duelo mais recente no principal palco do futebol brasileiro ocorreu em 2018 pela Série A. Na ocasião, tudo foi decidido em uma finalização de Leandro Carvalho, consolidando a arrancada histórica do Ceará contra o Z-4.

Aquele 1 a 0 atrapalhou a briga pelo título do Rubro-Negro e ajudou o Vovô a sair da zona de rebaixamento. Interferiu também no retrospecto entre os rivais, curiosamente empatados quando as partidas são longe do solo cearense.

Como visitante, o Alvinegro de Porangabuçu ganhou três duelos, empatou dois e perdeu três. O número de gols está rigorosamente igualado em nove feitos e também sofridos. Ao todo, o Ceará foi superado em nove oportunidades e venceu quatro vezes.

Desta forma, apegar-se aos números é um dos caminhos para o Vovô. Até pela vantagem à frente da zona da parte de baixo da tabela, que é de apenas um ponto. O time entra em campo com possibilidade de ser ultrapassado pelo Cruzeiro, 17º, se a Raposa vencer o duelo com o CSA, amanhã, às 21h30, no Mineirão.

A única chance de evitar o cenário mais caótico é uma vitória alvinegra, panorama que o deixa fora da zona após a 35ª rodada, além de diminuir a chance de rebaixamento com a aproximação da pontuação histórica que evita o descenso, que é de 45.

Festa com taça
A torcida do Flamengo prepara uma grande atmosfera no Maracanã para receber o Ceará. Ao todo, 57 mil ingressos foram vendidos antecipadamente para o jogo, que marca também a entrega da taça de campeão nacional após o duelo.

Ainda em clima de festa, o plantel rubro-negro se reapresentou apenas, ontem, com treino no Ninho do Urubu. Durante a atividade, Jorge Jesus utilizou somente dois titulares - o zagueiro Rodrigo Caio e o meia Everton Ribeiro - dando sinais de que deve poupar o restante das peças.

A motivação principal seria a disputa do Mundial de Clubes, no Catar. Na competição o Flamengo estreia dia 17 de dezembro contra o vencedor de Al Hilal, da Arábia Saudita, e Espérance, da Tunísia.

"O Mundial passa a ser nosso grande objetivo, e vamos nos preparar para isso. A dedicação e o trabalho não podem parar. Seguiremos dessa forma. Vestimos a camisa do Flamengo e vamos sempre entrar para vencer, independentemente do jogo e do que está valendo", declarou o meia Diego, que estará em campo contra o Ceará.

O possível uso de reservas não é sinônimo de tranquilidade para o Vovô. Mesmo sem Gabigol, suspenso, Bruno Henrique estará à disposição e deve entrar em campo.

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